O altaneiro e luxuoso altar sagrado,
Da personalidade, o santuário criado,
Força o mundo à adoração universal,
Dos magnatas da mídia sensacional.
Nem Igreja e nem templo suntuoso,
Para a fé e a espiritualidade do
gozo,
Pois, basta adorar egos proclamados,
De oligarcas da tecnologia,
venerados.
É uma religião não do amor e serviço,
Mas, da acolhida passiva de submisso,
Do discurso fascista de heróis
focados,
Prometendo felicidade e bons legados.
No ego adornado pelo poder da mídia,
Não percebem traição e nem perfídia,
Com a ilusão da felicidade prometida,
Em simulações da verdade contorcida.
Na propagação do seu excelso poder,
Está norteado o espírito para
crescer,
À custa do consumo das informações,
Bombardeadas para pias assimilações.
Controlar sujeitos para elevar seu
ego,
Nega quaisquer resquícios do
superego,
Pois, passado e seu legado não
importa,
Ao que o desejo de ambição comporta.
São os deuses da privatização do
espaço,
E do que nele existe para seu
maneiraço,
Desde que proporcione lucros
fantásticos,
Para acúmulo de patamares
bombásticos.
Nada importam os explorados do
planeta,
Pois, mitos devem ecoar como trombeta,
Para serem ouvidos, engolidos e
digeridos,
Como deuses a serem os únicos
adorados.