quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

GIGANTE FALIDO





Nasceu como instituição credível,
E encheu-se de poder indizível,
Pelo zelo dos sujeitos indefesos,
Assegurando organismos coesos.

Criado para divisão nacionalista,
Do poder soberano feito avalista,
Virou refúgio contra a incerteza,
E o patamar da lídima inteireza.

No desvelo atento aos súditos,
Contra os perversos decúbitos,
Soube arraigar-se na excessão,
Como promovedor da inclusão.

Aos poucos, dono da exclusão,
Passou a mandar em profusão,
No âmbito das suas fronteiras,
Como juiz ferrenho sem eiras.

Pautado no direito de purificar,
Ousou em genocídios perpetrar,
Quem ousasse ser insubmisso,
Frente a pérfido compromisso.

Já distante do ideal falacioso,
Revelou-se um apogeu airoso,
Ávido pelo direito de exceção,
Que enalteça rápida ascensão.

Já na iminência da decrepitude,
Sua mais procrastinada atitude,
É jactância de desejos pessoais,
Insensível aos interesses sociais.

Distante de nova ordem social,
Afoito em mídia promocional,
Já parasita de legião humana,
Revive a presunção doidivana.



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