sábado, 18 de janeiro de 2020

PREGAÇÃO RELIGIOSA


        

Sonho com atmosfera religiosa,
Nada empolgante e prodigiosa,
Que abre e inova na confiança,
Qual olhar de pequena criança.

Queria tanto escutar pregação,
Advinda de idônea motivação,
Não sobre o que deve ser feito,
E sem moralismo sobre defeito.

Tantos pesos do sofrido coração,
Almejam não ouvir condenação,
E apelos a sentimentos de culpa,
Mas uma reatância que desculpa.

Outro traço que muito aborrece,
Na pregação que se ensoberbece,
Absolutiza ditos fora de contexto,
Do que Deus quer como pretexto.

                                         Irritante é o apelo à demonização,
Que reduz a vida à total afetação,
Do poderio sedutor do demônio,
E que corrói humano patrimônio.

Outro jeito aturdina a audição,
E desvia o alcance da pregação,
Com bajulantes generalidades,
E reduzem Deus a banalidades.

Na memória das táticas de Jesus,
Emerge diante do limite uma luz,
Que não avalia e sequer condena,
Pois, a autocrítica já é uma pena.


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