As idosas instituições de inserção,
Sem o elã peculiar da sua função,
Cederam seu fito à desconfiança,
E tentam sobreviver sem fiança.
Os indivíduos, bem globalizados,
Movidos por sonhos glorificados,
Querem degustar suas aquisições,
E fruir suas indeléveis sensações.
Conectados com globo terrestre,
Cruzam pelo
anônimo pedestre,
Sem a percepção
de seus anelos,
Nem disposição por
básicos elos.
O refugiado do
mundo interior,
Desliga qualquer
voz superior,
Que aponte
felicidade altruísta,
Para transcender a
lida egoísta.
Exilado na opção
da autonomia,
Vive um cruel
dilema de anomia,
E, sem
acertar-se com o entorno,
Alarga seu
subjetivo transtorno.
Incapaz de
serenizar seu conflito,
Aumenta o seu
causticante atrito,
De suportar a
solidão consumista,
Sem alteridade
que aponte pista.
Vazio com consumo
desenfreado,
Submisso ao
sedativo desregrado,
Perde a razão da
a sua existência,
E definha na
triste dependência.
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