No acalanto dos bons sonhos,
Não entram apelos bisonhos,
De referências universalistas,
Como as únicas salvacionistas.
Tão justificadas pela história,
Antiga e da recente memória,
Presumiam na argumentação,
Universalidade de uma noção.
Uma mesma regra para todos,
Requeria exaustivos denodos,
Em nome da instância divina,
Para evitar retaliação sovina.
Esquecida ficou a recordação,
Do traço genuíno da atenção,
De mais escutar do que ouvir,
Sem satanizar e nem denegrir.
Na sinodalidade das religiões,
Finura antropológica de ações,
Escuta das diferenças explícitas,
Indica boas sínteses implícitas.
Se Deus revelou a boa notícia,
Jeito de oferecê-la sem malícia,
Supõe a atenta e valiosa escuta,
Para que a mensagem repercuta.
Sinodalidade do trato respeitoso,
No multifacetário olhar religioso,
Enleva mais a condição humana,
Que a ampla fanatização leviana.
Se as Igrejas locais e particulares,
Sabem gestar interações basilares,
Cabe-lhes também a voz profética,
De alargar admirável riqueza ética.
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