Amor buscado para não sucumbir,
Aponta o caminho trágico de inibir,
Os medos dramáticos de fracassos,
E os inerentes desatinos devassos.
A mentira orienta, nesta relação,
Meio disfarce de amorosa libação,
Mas sequer eclode na intimidade,
O articulado engano da falsidade.
A dor mórbida do universo a dois,
É proteladora de tudo para depois,
Sem lidar com as traições visíveis,
Ou correções fraternas plausíveis.
A reatância de antigos equilíbrios,
Na defesa de sentimentos ébrios,
Torna impossível na proximidade,
A fragrância da honesta lealdade.
Sob as motivações incoadunáveis,
Todas as posições soam inviáveis,
E então a indiferença vira recurso,
Para apelar ao repetitivo discurso.
Afinal para gostar da outra pessoa,
O acesso da intimidade não ressoa,
Com o medo da dependência alheia,
Que rouba a imagem da falsa teia.
Mais cruel é a perversão do desejo,
Com a cobiça da posse em remelejo,
Que estrangula respeito necessário,
E aprisiona por motivo temerário.
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