sexta-feira, 27 de abril de 2018

SEXOMANIA




Feita analgésico de alienação,
E depurativo para frustração,
Mais que doença sonâmbula,
Move a obsessão perambula.

Cultivada para a compensação,
Mais do que a onda de atração,
Foi feita excelsa forma de lazer,
Para se fruir do máximo prazer.

Bem produzida no imaginário,
Oferece o único e cego ideário,
Da fruição do corpo coisificado,
Sem compromisso e sem legado.

Colocada no centro da fantasia,
Persegue com a rígida teimosia,
O fim absoluto e bom do prazer,
Para somente a si se comprazer.

A estimulação massiva e diária,
Forma uma multidão presidiária,
Atrelada a uma única motivação:
A de fazer sexo até a extenuação.

Pensando somente neste objeto,
Nada conta o procedimento reto,
Ou a atitude respeitosa a alguém,
Pois vale o prazer que dele advém.

Como atraente ação para o dia,
A sexomania acalantada irradia,
A banalização da energia sexual,
Que inibe qualquer amor frugal.

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