quinta-feira, 19 de abril de 2018

EGOÍSTA ANÔMICO




A perda da integração familiar,
Não consegue unir e conciliar,
A tão prestigiada cordialidade,
Com a visada individualidade.

Num desejo premente e forte,
Para além do lar que conforte,
Emerge o rumo do isolamento,
A oferecer um supremo alento.

Num mundo isento de ordens,
Abre-se o portal das desordens,
Que engole normas e preceitos,
Para liberar impulsivos defeitos.

No já fragilizado elã integrador,
O espaço da família perde ardor,
E torna-se fermento depressivo,
Que alimenta o agir permissivo.

A ausência de regras reguladoras,
Dá vasão a fantasias propulsoras,
Para os delírios mais perversos,
Que ignoram os fatores adversos.

Os sintomas tão negligenciados,
Difundem-se para todos os lados,
E além do mundo das depressões,
Causam violência sem dissuasões.

A feição de aparência entristecida,
Vira freio da conversa enternecida,
E irradia pessimismo injustificado,
Diante de todo e qualquer legado.






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