quarta-feira, 11 de abril de 2018

ERA DOS HIPER-APRESSADOS




 A indução para reinventar-se,
Avançou tanto ao alastrar-se,
Que tudo deve ser leve e ágil,
E por isso, provisório e frágil.

Os ligeirinhos da era digital,
Afoitos no rol monumental,
Antecipam visado sucesso,
Com medo de um regresso.

No trabalho sem realização,
Importa só boa gratificação,
Para comprar as novidades,
E alimentar largas vaidades.

A googleização dos saberes,
Confere especiais poderes,
Sem saber o que é verdade,
E sem notar toda veleidade.

Reféns de “falsas notícias”,
Consomem como delícias,
O azedume da antecipação,
Sem aguardar a maturação.

Soltam o lixo por todo lado,
E contaminam rico legado,
Na arrogância de grandeza,
Para dissuadir a incerteza.

Como caçadores de prazer,
Já não focam mais o lazer,
Nem aparato de elevação,
Para consumir à exaustão.




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