Segue na alta
velocidade,
Da tecnificada
sociedade,
Uma persuasão denegada,
De negar a ação
praticada.
Nada tão charmoso e
belo,
Como o mentiroso
singelo,
A negar com toda
firmeza,
A traição da reta
inteireza.
Nas manchetes e
noticiários,
O centro dos relatos
diários,
Repete as evasivas
negações,
De perversas
procrastinações.
Seria extraordinária
surpresa,
Se alguém fizesse sua
defesa,
E afirmasse ter feito o
que fez,
E reconhecesse a
mesquinhez.
A técnica do afirmar o
contrário,
Permite moldar o
fictício ideário,
Da inocência preclara e
evidente,
E da reta consciência
procedente.
Assim como ninguém viu
e notou,
Que algum ato ilícito
se efetuou,
Ninguém explica o
ocorrido fato,
De um dito suposto
deslize de ato.
Importa, pois,
desmentir o fato,
E rechaçar as
evidências do ato,
Para assegurar boas
aparências,
E ocultar notáveis incoerências.
Negar a veracidade da
acusação,
É o que mais se ensina
na ação,
Pois o ato ilícito é
tão atraente,
Quanto negá-lo
convictamente.
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