quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Reconciliação - na perspectiva do paradoxo entre justiça e misericórdia


Dr. Pe. João Inácio Kolling[1]
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ABSTRACT
            Esta abordagem sobre reconciliação destaca alguns elementos do contexto da reconciliação: misericórdia e justiça. As regras da justiça nem sempre são as mais eficazes para reatância das rupturas, dos desencontros ou das dissensões. Uma primeira dificuldade provém do apego exagerado a regras caducadas pelo tempo e pelos novos contextos da vida, além da instauração arbitrária, autoritária e prepotente; outra dificuldade decorre da pressa superficial que força a reconciliação; é também tentadora a busca de reconciliação que não considera as raízes do desencontro; e, por fim, é sedutora a busca de reconciliação que não liberta para novos e melhores níveis de convivência das pessoas desencontradas.
Por outro lado, do ponto de vista do pensamento cristão, pressupõe-se que a justiça carece de misericórdia para poder tornar-se eficaz. Os dois caminhos da reconciliação, por outro lado, constituem uma dialética que, nem sempre, chega a sínteses razoáveis, devido a uma contradição entre o que as pessoas vitimadas exigem dos agressores, pois, esperam extremo rigor das regras estabelecidas, enquanto almejam, em contrapartida, uma larga misericórdia diante das infrações de regras infringidas.

Palavras-chave:
Reconciliação; justiça; misericórdia, corrupção; libertação.




1 – Os Significados de reconciliação e algumas ramificações de entendimento

1.1 - Preâmbulo
            Tanto quanto a violência, objetiva ou mimetizada, tende a gerar mais violência, a reconciliação nem sempre é fácil e eficaz porque os objetivos e desejos humanos facilmente causam desentendimentos entre as pessoas. É notável como a vida social está impregnada de conflitos, disputas e atos violentos. Muitos fatores, desde emocionais a culturais, alargam as dificuldades para um discernimento capaz de equacionar as dissonâncias e chegar a uma reconciliação.
            Quando estabelecida a violência, seja estrutural, seja de transgressão de uma ordem estabelecida ou de subversão a um status implantado, sempre implica em ação de força contra alguém: ou grupo, ou classe, ou povo, ou categoria, ou indivíduo, ou etnia. Duas mediações revelam-se mais usuais e eficazes para o alcance do entendimento ou da reatância do desencontro: são a justiça e a misericórdia.
            Na organização civil predomina o apelo à justiça, mas, nem sempre as regras estabelecidas para dirimir os desencontros são adequadas ao momento e ao fato. Podem até constituir fonte de mais violência. Já na perspectiva religiosa, o pensamento cristão se pauta pela centralidade da misericórdia. No entanto, a aproximação do discurso com a prática misericordiosa, por sua vez, também não encontra caminho fácil e nem linear. Parece que uma misteriosa inclinação leva a falsear a adversidade e a atribuir-lhe características ampliadas pela mágoa ou perda, enquanto atenua as contravenções infringidas.
Em tempos de saturante bombardeio de informações sobre atos e fatos de corrupção e de desrespeito frontal diante das normas de justiça estabelecidas, começam a emergir também, e simultaneamente, múltiplas inquirições sobre o significado e os efeitos da reconciliação: sobre a validade e a eficácia das regras de justiça; sobre a eficiência de regras éticas, morais e religiosas; e, sobre o efeito da misericórdia para um efetivo entendimento entre pessoas que se veem num emaranhado de conflitos e tensões.
Vamos ponderar brevemente sobre a conceituação dos termos para ressaltar que na reconciliação, a misericórdia, do ponto de vista cristão, é pressuposto para o exercício da justiça. Todavia, não se trata de abordagem teológica, mas, tão somente de um enfoque hermenêutico, em que valorizamos o discurso do Papa Francisco sobre a misericórdia como expressão relevante do pensamento cristão.

1.2 – Os conceitos

            Uma definição bem ampla e aberta da palavra “reconciliação” diz que é o “ato de restabelecer boas relações”.¹ A palavra “reconciliação” é também definida como “reentrada num relacionamento transformado. Significa a união de duas partes, que deveriam estar juntas o tempo todo.”[2] Em  diversos dicionários aparece ainda uma outra peculiaridade do significado de reconciliação: “É o restabelecimento de relações entre duas ou mais pessoas que andavam desavindas.”[3]
            Por outro lado, o que acontece com o ato de reconciliação? Ou, o que se pode fazer para estabelecer um ato de reconciliação? Geralmente o processo de reconciliação envolve uma série de procedimentos de ocultação, com o intuito de evitar conflitos mais graves ou, para evitar que novos conflitos voltem a manifestar-se na mesma intensidade. Pode também ocorrer tentativa de poupar quem agiu de forma errada, desleal, ilegal ou violenta. Estes aspectos já abrem algumas perspectivas que facilmente complicam a eficácia da reconciliação.
Robert J. Schreiter[4] salienta que a reconciliação pode envolver três contextos distintos que se distanciam do significado genuíno de reconciliação, porque costumam ignorar a violência que causou a ruptura:
a)      Reconciliação como paz apressada - Recurso de apelação corriqueira por parte dos agressores que, mesmo reconhecendo que erraram, querem evitar as consequências do que fizeram e, por isso, olham muito para frente e apelam para um novo começo, para uma nova postura e evidente ocultamento do que aconteceu. Na verdade, acabam exercendo uma espécie de coação para persuadir as vítimas, a fim de que se estabeleça a reconciliação.
Este modo de proceder pode até confundir-se com a reconciliação cristã, no sentido de apelação para esquecer o que aconteceu, mas, com uma implicação de efeitos marcantes: passa por cima da origem dos sofrimentos causados. Pode, pois, disfarçadamente, constituir um processo de persistência nas formas opressoras e, assim, perpetuar mais violência. “Trivializar e ignorar a memória é trivializar e ignorar a identidade humana.”[5]  Mesmo que se evitem as causas do sofrimento, até para não aprofundá-lo, a abreviação do processo de reconciliação pode mais inibir do que  facilitar a reatância.
Assim muitos palpites ingênuos e permeados de boa intenção, tendem a exercer outra violência sobre a vítima ferida ao persuadi-la com vistas a uma rápida reconciliação. Líderes religiosos incidem facilmente nesta pressão. Mesmo dando destaque correto ao perdão, na perspectiva cristã, tendem a ignorar que o processo de reconciliação não se efetua mediante pressão, e, sem confrontar as causas.
 A não abordagem das causas do sofrimento gera outros sofrimentos. Por isso, tal procedimento, quando o agressor deseja acelerar o ritmo da reconciliação, acaba, na verdade, propondo uma falsa reconciliação. A ação para um processo apressado desrespeita a dignidade da vítima e a capacidade da restauração da dignidade ferida.
A reconciliação, por implicar em mais do que o cessar dos atos de violência, não pode ignorar o processo de restauração, geralmente demorado e impregnado de muitas inseguranças. Assim, reconciliação não deve ser confundida com arrependimento de quem perpetrou a violência ou causou ruptura, porque o perdão e a reconciliação só podem provir de quem sofreu a violência ou a ruptura, ou seja, da vítima.
b)      Reconciliação sem libertação - constitui outra tentação específica de setores de tendência conservadora, que estabelecem a reconciliação na centralidade da práxis cristã, mas, que ignoram o processo de libertação que se faz necessário. É outra forma de ocultar, às vezes até através da falácia, para acionar mediações que possam propiciar a reconciliação.
“A libertação não é uma alternativa à reconciliação, mas um pré-requisito para ela. Assim, não propomos reconciliação no lugar de libertação; pedimos libertação a fim de produzir reconciliação.”[6]
Não se pode pressupor reconciliação sem o reconhecimento da natureza da violência, pois, é fundamental agir positivamente em vista de evitar o reaparecimento da ruptura. Requer-se uma libertação não só em relação ao ato violento, mas, das estruturas e dos processos que permitiram sua manifestação.
Na tentação de desejar efetuar reconciliação sem libertação, pode ficar escondida a realidade conflituosa que, tampouco, viabiliza uma reconciliação. Nesta ocultação pode ocorrer disfarce da violência. Por exemplo, em casos de racismo, como lidar com a raiva dos discriminados? Podem estruturas implantadas não permitir avanço na capacidade para um grupo, ou pessoa discriminada, efetuarem um processo e reconciliação.
Uma argumentação enganosa permite também pressupor que a conflitividade entre seres humanos seja característica peculiar da condição humana e, por isso mesmo, compatível com o cristianismo. No entanto cabe a pergunta: a conflitividade é realmente essencial à nossa condição? Caso seja, a reconciliação nem seria necessária e, nem mesmo eficaz. Além disso, o referido pressuposto justificaria as práticas violentas.
Na perspectiva cristã entende-se que Deus proporcionou a reconciliação por meio de Jesus Cristo, e, por isso, no convite da superação da conflitividade, não se considera o conflito como sendo a forma última da realidade.[7]

c)      Reconciliação como processo administrado - em muitas situações um mediador habilidoso consegue ajudar partes em conflito a rapidamente reatarem as condições que geraram desencontro ou dissonância. Pode a capacidade de um mediador constituir barganha que leva as duas partes dissidentes a abdicar de partes do seu desencontro, com vistas a encerrar o conflito.
Esta barganha constitui uma praxe comum para harmonizar questões partidárias, de coalizões, de contratos e de organizações comunitárias. No entanto, o pressuposto de que o surgimento de conflitos é próprio da condição decorrente de interesses ou dos desejos que movem pessoas e grupos. Por isso, o processo administrado de reconciliação pressupõe dignidade mínima das duas partes desencontradas, a fim de levá-las a estabelecer compromissos possíveis de serem assumidos.
Ainda que o processo de administração da reconciliação possa ser assimilado como atinente ao processo de reconciliação cristã, é bem distinto porque pressupõe que as partes em conflito produzem a administração da reconciliação e a transformam em mero procedimento de racionalidade técnica, ou seja, o simples cultivo de uma habilidade para lidar com problemas e administrá-los. Tal noção foge do pensamento bíblico que não assimila a reconciliação como habilidade de controle, mas, “é algo a ser descoberto – o poder da graça de Deus, desabrochando na vida da pessoa.”[8]
A reconciliação, ao invés de habilidade equivale, no sentido bíblico, a uma atitude, pois não é mera ferramenta para fazer consertos e depende muito mais de uma espiritualidade do que de habilidade técnica ou estratégica.

1.3. Reconciliação na perspectiva da justiça e da misericórdia

Marcos E, Fink define a justiça como a aplicação do que é merecido (devido)[9]. É comum que se associe justiça a retribuição, mediante obra praticada, tanto boa ou ruim. Trata-se de antiga herança do direito romano de dar a cada um, o que lhe é devido. A questão, no entanto, nos remete à pergunta: o que é devido a cada um?
Tal pergunta nos coloca diante de dois significados bem diversos:
 a) O da conformidade da conduta de alguém a uma norma estabelecida e, sob este ângulo, julga-se o comportamento em relação a uma norma;
 b) O da justiça como eficácia das normas com vistas a viabilizar relações entre indivíduos humanos. Sob este enfoque, centraliza-se o julgamento das normas e não o comportamento das pessoas. A referência à norma e, não ao comportamento, enfatiza a condição de uma norma: se ela permite ou se dificulta as relações humanas.
À ponderação filosófica cabe analisar a natureza da norma: se procede de um ato autoritário e prepotente; se nasce de um consenso, ou, como se sustenta no campo religioso, se provém de uma instância divina. Aristóteles, por exemplo, achava que justiça era a conformidade com a lei estabelecida. Injustiça seria, portanto, um inconformismo com a lei. Hobbes, mais recentemente, sustentou que justiça consiste na simples manutenção de pactos e o papel do Estado seria o de manter a viabilização dos pactos segundo regras estabelecidas:
“que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Sem esta lei os pactos seriam vãos e não passariam de palavras vazias; como o direito de todos os homens a todas as coisas continuaria em vigor, permaneceríamos na condição de guerra.”[10]
Para o filósofo Platão, o foco estava estabelecido sobre a própria norma, pois, a justiça seria um instrumento. A justiça, tanto como instrumento, ou, como objeto a ser alcançado, tenderia a envolver ou uma função de reinvindicação, ou uma perspectiva de libertação das normas inadequadas ou injustas. Na idade média, Tomás de Aquino sustentou que justiça é dar a cada qual seu direito: o justo não é determinado por lei, mas, pela identidade profunda do ser humano:
 “justiça é o hábito segundo o qual alguém, com constante e perpétua vontade, dá a cada qual seu direito... A justiça é então, a virtude que incentiva a pessoa a estar atenta às necessidades do outro e a respeitar também a alteridade de cada um porque cada pessoa é um outro.”[11]
À parte destas questões de definição, permanecem sempre interpeladoras as perguntas: como conciliar justiça e misericórdia? Para cristãos, qual deveria, afinal, estar em primeiro lugar?
A Bíblia, por exemplo, é perpassada pela ênfase relacionada à misericórdia.[12] O termo hebraico hesêd refere-se aos laços de amor, benevolência, bondade e favor que unem os membros de uma comunidade.[13] Assim, a hesed personifica boas relações entre as pessoas: equivale a querer bem, fazer o bem, ter afeto, desenvolver fidelidade e exercer solidariedade.[14] No entanto, permanece uma relação nem sempre fácil entre o “nosso” erro e o erro dos “outros”. Existe uma tendência quase natural ao “encobrimento” das faltas através de mentiras com vistas a esquivar as regras da justiça.
Quando os “outros” erram, tende-se a exigir deles um rigoroso cumprimento das regras e das normas de justiça estabelecidas. E, no espírito de vingança, espera-se rigorosa cobrança de sentenças. Todavia, quando de trata dos “nossos” erros, cria-se uma expectativa de esperar um procedimento de muita misericórdia. Tal ambiguidade constitui, certamente, uma das grandes contradições presentes na vida dos cristãos: creem no valor da misericórdia de Deus, mas, não praticam amplamente a misericórdia em relação a todas as outras pessoas. Enquanto se aguarda rigoroso cumprimento das regras de justiça diante das obras praticadas pelos outros, espera-se toda a misericórdia da parte deles.
Segundo G. Montenegro[15]
“A tradição ocidental é de fazer a justiça de Deus um tipo de vigilância constante e irrestrita por defeitos no pecador. Afirma-se que há uma lei de justiça eterna que exige a punição do pecador de modo absoluto, de modo que Deus sendo justo, não perdoaria livremente os pecados. Entretanto, essa não é a justiça de Deus apresentada nas escrituras. A justiça de Deus é sempre seu misericordioso resgate dos necessitados”.
Para apontar possível mudança deste estranho procedimento, o Papa Francisco concluiu que uma das mais belas e comoventes palavras do Evangelho e, cheias de misericórdia, foi enunciada por Jesus Cristo: “Ninguém de condenou?” Diante do “não” explicitado, declarou: “Nem eu te condeno”![16] Ao alargar este aspecto, o pontífice se referiu ao conhecido tema das três mulheres e dos três juízes, um paralelo dos procedimentos mais comuns de falta de misericórdia na ação da Igreja:
a)      O dos juízes corruptos, movidos pela corrupção da rigidez, observadores legalistas que se pensam puros: a corrupção os levava a uma vida dupla que, depois de condenação, iam procurar as vítimas para se “divertir um pouco”;
b)      O dos juízes idosos, que chantagearam Suzana, movidos pela corrupção da luxúria, e que, por isso mesmo, se transformaram em sujeitos ferozes e ruins;
c)      O do juiz interpelado por uma viúva pobre, apenas movido pela efetuação de bons negócios, “um corrupto de dinheiro e de prestígio” que não sabia o que é misericórdia.[17]
Os três juízes não foram misericordiosos e, tampouco, compreenderam a misericórdia, porque eram corruptos. Hoje, segundo o papa Francisco, também tantos juízes julgam, no âmbito civil e no eclesiástico: não são justos, porque não são misericordiosos. Há os viciados que tentam abusar dos que erraram (“um pecado dos mais graves”); os mercadores que não apontam nenhuma esperança; e os rígidos, que cobram, dos outros, o que escondem de si mesmos.
No entendimento do Papa Francisco,
 “a misericórdia não é contrária à justiça, mas exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar.”[18]
            Por outro lado, o papa também reconhece que:
 “a justiça, por si só não é suficiente, e a experiência mostra que, limitando-se a apelar para que ela, corre-se o risco de a destruir. Por isso Deus, com a misericórdia e o perdão, passa além da justiça. Isto não significa desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes, pelo contrário! Quem erra deve descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da conversão porque se experimenta a ternura do perdão.[19]
           
            Assim, prevalece na perspectiva do pensamento cristão a misericórdia como caminho mais eficaz de ação entre as pessoas e brilha a experiência religiosa da misericórdia de Deus como horizonte capaz de persuadir os seres humanos a estabelecerem reatâncias diante das dissonâncias ocorridas, e, ainda, abrir perspectivas libertadoras para maior qualidade humana.
            O Papa Francisco centraliza em muitas de suas homilias e escritos a dimensão fundamental da misericórdia, estreitamente vinculada às raízes do cristianismo, como condição e instrumento dos melhores frutos para que as pessoas possam reconciliar-se não somente entre si, mas, também com a natureza e com Deus;
            Na busca de reconciliação, a misericórdia constitui um pressuposto ou uma condição básica capaz de levar à efetuação de um processo justo de integração e, o que é mais importante, é capaz de abrir perspectivas novas de transcendência. Se de um lado as tão amplas e variadas feridas causadas pelos desencontros humanos ferem a dignidade humana, por outro lado, a misericórdia, certamente, se torna uma salutar e efetiva mediação para uma reconciliação e, com resultados mais eficazes do que os da severidade das exigências de reparação.

B I B L I O G R A F I A

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1962, p.565-568.
CORIAR, Ruth. Em: jesusverdadeiropaodavida.blogspot.com.br/2011/02/palavra-misericordia-eleos-no-grego-e-html, postado em 24/02/2011; acessado  no dia 04/12/2015


FINK, Marcos E. Justiça, misericórdia e graça. (www.ganância.com.b/mateus938/index.php?id=4 acessado no dia 04/12/2015.



HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

MEIER, Celito. Filosofia, por uma inteligência da complexidade. Belo Horizonte: Pax Editora, 2010, p.253.


PAPA FRANCISCO. Misericordiae Vultus – o rosto da misericórdia. São Paulo: Paulinas, 2015.

SCHREITER, J. Robert. Reconciliação – missão e ministério numa ordem social em transformação. (Trad. Cecília Camargo Bartaloti). SP: Ed. Loyola, 2002.

VIDAL, Marciano. Para conhecer a ética cristã. São Paulo: Paulinas, 1937.



[1]  Doutor em Filosofia e Ciências da Educação pela Universidade de Santiago de Compostela, Espanha; Mestre em Antropologia Filosófica pela PUC-RS e Especialista em Psicopedagogia e Computação Aplicada ao Ensino, atua na Diocese de Diamantino – MT. É reitor do Seminário Maior Rainha dos Apóstolos de Várzea Grande e Diretor da Faculdade de Filosofia do SEDAC (Faculdades Católicas do Mato Grosso); e, professor na mesma instituição. BLOG: http://padrejoaoinacio.blogspot.com.br ; E-mail: pe.joaoinacio@Gmail.com .
[2]  Iqc/index.php?option=com_content&=article&id=4957:reconciliação-significado&catid=41&Itemid=65
[3]  www.dicionárioinformal.com.br
[4]  SCHREITER, J. Robert. Reconciliação – missão e ministério numa ordem social em transformação. (Trad. Cecília Camargo Bartaloti). SP: Ed. Loyola, 2002.
[5]  Idem, p. 29.
[6]  Idem, p. 32
[7]  Idem, op. cit. p.34.
[8]  Op. cit. p. 37.
[9]  FINK, Marcos E. Justiça, misericórdia e graça (www.ganancia.com.b/mateus938/index.php?id=4 acessado no dia 04/12/2015.
[10]  HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 123. Ele ainda argumenta: “Tal como a justiça depende de um pacto antecedente, assim também a gratidão depende de uma graça antecedente, quer dizer, de uma dádiva antecedente.” (p.127).
[11]  Cf. SELLA, Adriano. “Ética da justiça. São Paulo: Paulus, 2003, p.177-183, IN: MEIER, Celito. Filosofia, por uma inteligência da complexidade. Belo Horizonte: Pax Editora, 2010, p.253.
[12]  Como diz no Sl 103:17: “mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos”. (: http://cristianismopuro.blogspot.com.br/2012/05/ti-tambemsenhor-pertence-misericórdia.html ).
[13] CORIAR, Ruth. Em: jesusverdadeiropaodavida.blogspot.com.br/2011/02/palavra-misericordia-eleos-no-grego-e.html, postado em 24/02/2011; acessado  no dia 04/12/2015
[14]  Idem, ibidem.
[16]  Na sua homilia de 23 de março de 2015, na Casa Santa Marta: http://www.zenit.org/pt/articles/homilia/-do-papa-nao-ha-justica-sem-misericórdia acessado no dia 04/12/2015.
[17]  Por isso o papa tem insistido muito sobre o risco das tentações de cultivar uma fé árida, e que, em vez de criar um oásis na vida desértica de muitos, cria mais deserto. A linguagem condenatória facilmente revela um coração fechado que se esconde sob uma doutrina rígida e impede que aconteça um discernimento espiritual. Daí a tentação de enrijecimento hostil que leva ao fechamento sobre a letra dos escritos e impede que Deus possa surpreender. Existe também a tentação de um bonismo destrutivo de aparência e de misericórdia enganadora ou de língua alisadora, polida para falar de muitas coisas sem dizer nada. Marca visível também é a da negligência do depósito da fé que, em vez de custódios, leva-os a se sentirem proprietários e donos. Na facilidade da linguagem condenatória, também transparece a tentação de aplicar fardos insuportáveis aos outros, ou, de contentá-los distantes da vontade do Pai. (No exame de consciência proposto para representantes da Igreja, feito no dia 22/12/2014).
[18] PAPA FRANCISCO. Misericordiae Vultus – o rosto da misericórdia, p.33.
[19]  Idem, p. 34.

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