Sob “Homo Sapiens”, o elogio do nosso
tempo,
Oculta, nas mentiras vulgares do
contratempo,
O disfarce das soluções para sofridas
mazelas,
Tão escancaradas, visíveis e em nada
singelas.
A obcecada defesa do sistema de organização,
Aponta o céu como posse de vasta
acumulação,
E induz a uma ganância ferrenha e
desenfreada,
Para ostentar as aparências de
atividade ilibada.
Nem as regras vigentes, nem a dor dos
vencidos,
Saciam o adorado ideal ambicioso dos
enrustidos,
Que se auferem todo direito de saciar
à exaustão,
Tudo quanto a fantasia aponta para
consumação.
Quando mentiras repetidas passam por
verídicas,
E as boas aparências se tornam cruéis
e fatídicas,
Onde achar prisões para juntar tantos
corruptos,
E acabar com seus vícios crassos e
ininterruptos?
Muito trabalho e suor, ao lado de
conscientização,
Far-se-ão necessário para mudar a
procrastinação,
E reativar a valiosa honra da palavra
proclamada,
Para auferir ao nosso país o ideário
de terra amada.
A desconfortável imagem do “homem
corrupto”,
Não se evadirá com ato mágico, e nem
abrupto,
Porque mais expandida do que a sika e
a dengue,
É virose que não se cura com adoçado
merengue.
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