quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

No estágio do "homo corruptus"



Sob “Homo Sapiens”, o elogio do nosso tempo,
Oculta, nas mentiras vulgares do contratempo,
O disfarce das soluções para sofridas mazelas,
Tão escancaradas, visíveis e em nada singelas.

A obcecada defesa do sistema de organização,
Aponta o céu como posse de vasta acumulação,
E induz a uma ganância ferrenha e desenfreada,
Para ostentar as aparências de atividade ilibada.

Nem as regras vigentes, nem a dor dos vencidos,
Saciam o adorado ideal ambicioso dos enrustidos,
Que se auferem todo direito de saciar à exaustão,
Tudo quanto a fantasia aponta para consumação.

Quando mentiras repetidas passam por verídicas,
E as boas aparências se tornam cruéis e fatídicas,
Onde achar prisões para juntar tantos corruptos,
E acabar com seus vícios crassos e ininterruptos?

Muito trabalho e suor, ao lado de conscientização,
Far-se-ão necessário para mudar a procrastinação,
E reativar a valiosa honra da palavra proclamada,
Para auferir ao nosso país o ideário de terra amada.

A desconfortável imagem do “homem corrupto”,
Não se evadirá com ato mágico, e nem abrupto,
Porque mais expandida do que a sika e a dengue,
É virose que não se cura com adoçado merengue.








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