sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

No divinizado nada divino


Na estupefação de um grave desvio,
A antiga Corinto, no doente desvario,
Queria os dons de muita publicidade,
Para angariar o prestígio à saciedade.

Ao relegar a nova proposta redentora,
Prevaleceu a avidez nada confortadora,
Pelo carisma de intercessão milagreira,
Para curar males de saúde e de cegueira.

Na centralidade de alcance do prestígio,
Esqueceu-se o Evangelho e seu fastígio,
Para prevalecer luta de vil precedência,
Vulgar, sem amor, e sem complacência.

Paulo quis apontar a mediação superior,
Da caridade que com amor nada inferior,
Explicitava bem mais a irradiação divina,
Do que tanta autopromoção tão cretina.

Incrível como a crise social faz emergir,
Em tanta tentação mágica a se expargir,
Com os poderes supranormais e divinos,
Em rituais ambíguos e efetivos desatinos.

Colaborar na comunidade virou estranho,
Tanto quanto naqueles tempos de antanho,
Porque de pouco ou nada servem as sortes,
Se não apontam para humanitários aportes.


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