Para além dos mágicos da ilusão
ótica,
Vejo, num reverendo, a ação
despótica,
De esvaziar a simbologia sacramental,
Para realçar formalismo monumental.
Seus gestos executados nas minúcias,
Já desprovidos de quaisquer argúcias,
São automatizados e sem mensagem,
E reforçam o mau gosto da roupagem.
O sermão de um moralismo enfadonho,
Locupleta um floreio mental medonho,
E repete chavões de uma visão
viciada,
A deixar toda assembléia consternada.
Sem referir-se ao contexto das
leituras,
Fala enfático das sorrateiras
diabruras,
Que pervadem a vida dos bons crentes,
E os deixam vulneráveis e
indiferentes.
Aponta tão somente o ato de obedecer,
Como meta para algo valioso merecer,
Mas, não aponta o itinerário de Jesus,
Como caminho que transcende a
cruz.
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