sábado, 23 de janeiro de 2016

O formalismo inibidor da fé



Para além dos mágicos da ilusão ótica,
Vejo, num reverendo, a ação despótica,
De esvaziar a simbologia sacramental,
Para realçar formalismo monumental.

Seus gestos executados nas minúcias,
Já desprovidos de quaisquer argúcias,
São automatizados e sem mensagem,
E reforçam o mau gosto da roupagem.

O sermão de um moralismo enfadonho,
Locupleta um floreio mental medonho,
E repete chavões de uma visão viciada,
A deixar toda assembléia consternada.

Sem referir-se ao contexto das leituras,
Fala enfático das sorrateiras diabruras,
Que pervadem a vida dos bons crentes,
E os deixam vulneráveis e indiferentes.

Aponta tão somente o ato de obedecer,
Como meta para algo valioso merecer,
                                                   Mas, não aponta o itinerário de Jesus,
Como caminho que transcende a cruz.
  




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