Se os olhos a revelam,
E no esmero protelam,
Que apareça evidente,
Emerge tão de repente,
No centro da conversa.
Seu reboliço nas emoções,
Relega as contidas razões,
E estabelece, sob pressão,
Nas comportas do coração,
O espargir da dor incontida.
Eclode em saltos e fluidez,
Sem delegar voz à rigidez,
No debulhar assunto doído,
Em tantas noites, remoído,
Sem algum alívio almejado.
Ao dilatar-se sem rumo certo,
Deseja ouvinte bem esperto,
Capaz de aglutinar a empatia,
Mais do que atenta simpatia,
Para uma catarse alentadora.
Assim, o espaço dos alentos,
Tão fugazes aos desatentos,
Abre potencial de recriação,
Que alivia a dor do coração,
E aponta inéditos portentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário