sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ares sombrios



Quando a novidade indica outra maldade,
Das falcatruas, desveladas com acuidade,
Indica-se o melhor caminho de proceder:
Mentir para deixar os outros se escafeder.

Pensar-se reto e bom virou ideal superado,
Já que importante é aparentar bom agrado,
E desfrutar, sem a mínima culpa, do prazer,
E valer-se das melhores vantagens do lazer.

Ser cordial e sensível ao sentimento alheio,
Além de não propiciar lucro parece ato feio,
Que nada acrescenta aos ares de grandeza,
E nem tampouco, às convenções de beleza.

Sem dignidade e parâmetros de respeito,
Sobra ao vivente, a imagem sem defeito,
Distante do real que degrada o humano,
Para pensar-se feliz consumidor profano.

Que os sonhos de bons e abençoados dias,
Possam ajuntar motivações retas e sadias,
Para interagir com a orquestração da vida,
Em favor de melhores patamares de lida.






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