As evidências tão claras da finitude,
Levam-nos ao sonho de felicidade,
E nos interpelam por mais virtude,
Que preconize sinal de eternidade.
Nas alegrias já experimentadas,
E no prazer de intensos desejos,
Com expectativas tão auguradas,
A perfeição solta fortes lampejos.
Quando a alegria alarga a perfeição,
E abre um grau superior à realidade,
O existir e o agir em larga expansão,
Intensificam a humana virtualidade.
O afeto da alegria atrai outros
afetos,
Como o da rica esperança e do amor,
E se torna liberador de outros tetos,
De felicidade que curam o desamor.
Quando tanto ódio bem cultivado,
Aumenta pânico geral e a tristeza,
Todo e qualquer sinal desanuviado,
Reascende a alegria com rara leveza.
Assim a beatitude é caminho aberto,
Que permeia atos e impregna a ação,
E tudo quanto nos envolve de perto,
Engrandece as potências do coração.
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