quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Procedimentos perversos



Todo o desvelo para gestação da vida,
E o entorno da emoção para vicejá-la,
Representam pouco na cotidiana lida,
Para envolvê-la de afeto e aprimorá-la.

Nas marcas indeléveis da socialização,
Engendram-se perfis de personalidade,
Tão distantes da boa e renomada ação,
Que ferem o senso de uma sociedade.

Ao avesso do bem-estar da coletividade,
Sugam à exaustão todo direito coletivo,
E longe dos parâmetros da honestidade,
Justificam-se como único e bom lenitivo.

O termo “justo” entendido sob novo legado,
Ignora do coletivo, todas as barreiras e eiras,
E dele se apropria como se fosse algo privado,
Para perversos desfrutes, livres de fronteiras.

Injustos são os insubordinados ao seu poder,
Que espoliados do que rendem e produzem,
Tateiam e ficam todos os dias a se escafeder,
E, seus direitos, em nada, para algo reluzem.

Resta esperar do bom-senso o embargo,
De colocar uma condição à governança,
De pagar mais que recebe pelo encargo,
Sem mordomias e sem qualquer fiança.




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