quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Espiritualidade



Vaga no significado,
E evasiva no legado,
Expressa um ensejo,
De profundo desejo.

Não nega o material,
Já que arrosta o real,
E enleva todo finito,
Com seu contradito.

É entrega ao inefável,
Da comunhão amável,
Do meio circundante,
E da beleza diletante.

Não é espiritualismo,
Tampouco espiritismo,
Mas neles está o dom,
De um itinerário bom.

No caminho ascético,
Ao avesso do eclético,
Seu olhar apaixonado,
Capta humano legado.

Nem fuga do humano,
Ou do seu desengano,
Contempla todo real,
E lhe aponta luz vital.




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