Vaga no significado,
E evasiva no legado,
Expressa um ensejo,
De profundo desejo.
Não nega o material,
Já que arrosta o real,
E enleva todo finito,
Com seu contradito.
É entrega ao inefável,
Da comunhão amável,
Do meio circundante,
E da beleza diletante.
Não é espiritualismo,
Tampouco espiritismo,
Mas neles está o dom,
De um itinerário bom.
No caminho ascético,
Ao avesso do eclético,
Seu olhar apaixonado,
Capta humano legado.
Nem fuga do humano,
Ou do seu desengano,
Contempla todo real,
E lhe aponta luz vital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário