sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Plenitude de vida



Se os desejos se abrem ao infinito,
Libertos das barreiras dos limites,
Padecem, entretanto, do não dito,
De anônimos e traiçoeiros palpites.

Culturalmente devorados pela insinuação,
Propiciam uma falsa sensação de liberdade,
Que esconde toda a má e perversa maldade,
De atrelamento ao poder de procrastinação.

Movidos a possuir e a consumir a fartura,
Da indústria cultural feita inédita loucura,
São os desejos canalizados à voracidade,
De manipulação sem limites na maldade.

A nova cruz que tortura e leva à morte,
Exaure na agonia lenta dos muitos dias,
Uma dor desnudada que indica a sorte,
Do sentido ferido por múltiplas tiranias.

Os simulacros em torno do auge do amor,
Exploram escancaradamente os desfrutes,
Que “coisificam” similares sem pundonor,
Fazendo-os passar como gostosos quitutes.

Na re-significação dada por Cristo à cruz,
Delineou-se caminho oposto ao império,
E que ainda hoje leva a vislumbrar a luz,
Duma convivência sem tanto impropério.





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