Se os desejos se abrem ao infinito,
Libertos das barreiras dos limites,
Padecem, entretanto, do não dito,
De anônimos e traiçoeiros palpites.
Culturalmente devorados pela
insinuação,
Propiciam uma falsa sensação de
liberdade,
Que esconde toda a má e perversa
maldade,
De atrelamento ao poder de
procrastinação.
Movidos a possuir e a consumir a
fartura,
Da indústria cultural feita inédita
loucura,
São os desejos canalizados à
voracidade,
De manipulação sem limites na
maldade.
A nova cruz que tortura e leva à
morte,
Exaure na agonia lenta dos muitos
dias,
Uma dor desnudada que indica a sorte,
Do sentido ferido por múltiplas
tiranias.
Os simulacros em torno do auge do
amor,
Exploram escancaradamente os
desfrutes,
Que “coisificam” similares sem
pundonor,
Fazendo-os passar como gostosos
quitutes.
Na re-significação dada por Cristo à
cruz,
Delineou-se caminho oposto ao
império,
E que ainda hoje leva a vislumbrar a
luz,
Duma convivência sem tanto
impropério.
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