quarta-feira, 20 de agosto de 2025

RUST OUT

 


Cada dia, mais complicado,

Em nosso português falado,

Não mesclar a língua lídima,

Com a fala de forma dídima.

 

Tal como se fala portunhol,

Entra língua inglesa no rol,

Encampa vasto vocabulário,

E enche o nosso dicionário.

 

Do Brain Rot, ao Burn Out,

Já assimilamos o Rust Out,

Para indicar falta de tesão,

Com estresse na motivação.

 

Na indústria metalomecânica,

Ferrugem corrói peça metálica,

Mas conta com gel removedor,

A agir com forte poder diluidor.

 

Rust Out, em novo significado,

Conota humano desesperado,

Que constata declínio mental,

E cansaço com exaustão total.

 

Tarefas repetidas e monótonas,

Sob ambições bem antagônicas,

Induzem ao largo tédio e apatia,

Diante da sobrecarga de ironia.

 

Decepção no que foi desejado,

Para um rendimento almejado,

Mais a cobrança de eficiência,

Produz a psíquica insuficiência.

 

Nem redes sociais compensam,

E repetição que outros pensam,

Produz uma larga desmotivação,

E progressiva despersonalização.

 

Quando nada mais é estimulante,

Similar ao processo enferrujante,

Que sedimenta no agir cotidiano,

A apatia como monótono tirano.

 

Desânimo progressivo toma conta,

E na mente enferrujada desponta,

Silenciosa e paulatina desistência,

Sem um gel ativador de resiliência.

 

Falta fabricar novo gel removedor,

Para tédio que calcifica pundonor,

Ou mudar o sistema de produção,

Que suga o corpo até a exaustão.

 

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