Lembra-se uma mulher encantadora,
Não conhecida como influenciadora,
Nem amante de influencer afamado,
Ou atriz de corpo esbelto e
explorado.
A mulher lembrada foi cheia de graça,
Bem distinta das mulheres de pirraça,
Pois, soube contemplar Deus de amor,
E alimentar sensibilidade de
pundonor.
Seu modo de ser ecoa nossa aspiração,
De assuntar-nos na qualidade de ação,
Para algo tão pequeno e, tão peculiar,
Que se expressa no fino modo de
olhar.
O seu olhar compassivo e muito sereno,
Atraía como um ímã para o bom aceno,
A revelar ternura com a compreensão,
Para um modo oblativo na observação.
Não era o amor que só via a si mesma,
Ou de quem se colocava como piesma,
Mas amor repassado em pés andantes,
Para o encontro com pessoas distantes.
Era amor mediado pelas mãos
serviçais,
Para presteza de gestos os mais
triviais,
A mostrar bem-querer de proximidade,
No jeito simples de criar
solidariedade.
Ela deixou-se afetar pelo amor maior,
Por isso empenhou-se no seu melhor,
Que produzia o júbilo diante de Deus,
E a fascinação nos interlocutores
seus.
Mui prestativa no contexto
envolvente,
Irradiava pelos olhos o estado
contente,
Do significado da existência
prestimosa,
Para alargar uma convivência
primorosa.
Da mulher magnética para o bem-querer,
Sobrou só a venerada deusa de
conceder,
Graças e favores a fiéis muito
insistentes,
Para os imediatos milagres a
persistentes.
Assunção de hoje vorazmente desejada,
Esquece a contemplação tão recatada,
Da Maria jubilosa, mãe de Jesus
Cristo,
Nas interações para mundo benquisto.
Sua assunção, como a nossa esperança,
Aponta a intuição para vida na
bonança,
Movida, bem mais por coração bondoso,
Do que pelo tão insinuado rancor
odioso.
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