Anda de olho inchado por ser xereta,
Sem largar sua megalomaníaca treta,
Intromete-se na organização alheia,
Como sendo da sua particular aldeia.
As veias de suas mãos, bem dilatadas,
De tanto catar as fontes afortunadas,
Já não conseguem fazer algum afago,
E menos ainda, reparar algum estrago.
Vive da paixão furiosa e
descontrolada,
Que solta ódio duma emoção malcriada,
E estimula todo dia, potencial
agressivo,
Doutrinado para largo poder
destrutivo.
Entende que sua violência é
necessária,
Pois precisa dormir na cama
pecuniária,
Antevendo que vai servir como
augusta,
Para a sua paranoia honorífica e
vetusta.
Como o velho e conhecido
bisbilhoteiro,
Anda metido em suruba, feito flibusteiro,
E todo dia soma encrenca por ser
xereta,
E o deixa carrancudo com a feição
careta.
Enxerido em tudo que é feito no
entorno,
Fita os olhos inchados, por mais
suborno,
Do quanto que não pertence à sua
conta,
Com a arrogante e intempestiva
afronta.
Em tudo quanto lhe renda larga
vantagem,
Da sua interesseira e desleal
traquinagem,
Vê que poderia ter sido largamente
maior,
Mas que evitou que viesse a ocorrer o
pior.
Assim o mequetrefe se pensa acima de
Zeus,
E quer ter todos os humanos submissos
seus,
Para aquilatar o seu poder infinito e
eterno,
Mesmo que já viva o mais legítimo
inferno.
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