terça-feira, 26 de agosto de 2025

O PODEROSO MEQUETREFE

 

 

Anda de olho inchado por ser xereta,

Sem largar sua megalomaníaca treta,

Intromete-se na organização alheia,

Como sendo da sua particular aldeia.

 

As veias de suas mãos, bem dilatadas,

De tanto catar as fontes afortunadas,

Já não conseguem fazer algum afago,

E menos ainda, reparar algum estrago.

 

Vive da paixão furiosa e descontrolada,

Que solta ódio duma emoção malcriada,

E estimula todo dia, potencial agressivo,

Doutrinado para largo poder destrutivo.

 

Entende que sua violência é necessária,

Pois precisa dormir na cama pecuniária,

Antevendo que vai servir como augusta,

Para a sua paranoia honorífica e vetusta.

 

Como o velho e conhecido bisbilhoteiro,

Anda metido em suruba, feito flibusteiro,

E todo dia soma encrenca por ser xereta,

E o deixa carrancudo com a feição careta.

 

Enxerido em tudo que é feito no entorno,

Fita os olhos inchados, por mais suborno,

Do quanto que não pertence à sua conta,

Com a arrogante e intempestiva afronta.

 

Em tudo quanto lhe renda larga vantagem,

Da sua interesseira e desleal traquinagem,

Vê que poderia ter sido largamente maior,

Mas que evitou que viesse a ocorrer o pior.

 

Assim o mequetrefe se pensa acima de Zeus,

E quer ter todos os humanos submissos seus,

Para aquilatar o seu poder infinito e eterno,

Mesmo que já viva o mais legítimo inferno.

 

 

 

 

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