Longe da visão apocalíptica do tempo,
Pode-se aferir um similar
contratempo,
Do império antigo em afã perseguidor,
Achando-se no direito de ser
superior.
Enquanto Apocalipse falava de visões,
Vistas no céu, para evitar
perseguições,
Animava cristãos deprimidos ante
ódio,
Do império romano em triste episódio.
A minha visão, ocorreu na beira do
rio,
Pude observar, um decadente poderio,
Dum galho velho, reinando no
terreiro,
Com o procedimento todo embusteiro.
Muitas galinhas e muitos outros galos,
Manifestavam ali os cacarejos
vassalos,
Constataram decrepitude do galo
velho,
E numa apatia, ignoravam seu
conselho.
O galo velho, de cabeça erguida,
cantava,
Corria com outros galos, e os
provocava,
Mas estes corriam alguns metros
adiante,
E exibiam cópulas de forma
redundante.
O galo velho, cacique e dono no
terreiro,
Após longo tempo fértil, forte e
altaneiro,
Ampliou esporas enormes e compridas,
Que passaram a atrapalhar as suas
lidas.
O tamanho das esporas, virou
armadilha,
Que se tornou um freio da lida
andarilha,
E os demais galos, sabedores deste
limite,
Copulavam belas galinhas com
paixonite.
Até que o galo velho chegava para
ataque,
Já tinham completado seu
contra-ataque,
E pareciam debochar do velho
impotente,
Ainda metido a soberano todo
arrogante.
Algumas galinhas próximas do galo
velho,
Se acocoravam, sem sentir o seu
pintelho,
Pois, suas esporas enroscavam as
pernas,
E sequer subia para as ações
entrepernas.
Os galos do lado, oportunistas na
ocasião,
Passaram a desfrutar desta aglomeração,
E, deixavam o galo velho, rubro de
inveja,
E ultrapassado na sua imperialista
peleja.
O galo velho, mesmo arrastando as
asas,
Inconformado diante das traições
rasas,
Já não tinha mais forças para
confronto,
Mas, andava devagar, e metido a
tonto.
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