domingo, 31 de agosto de 2025

GOSTOSA VAIDADE

 


 

Mais que sobremesa e prato apreciado,

O estranho quadro do humano legado,

Direciona motivação precípua da vida,

Para a vaidade enlevada e reconhecida.

 

Procede de algum lugar das entranhas,

E pervaga o corpo inteiro com manhas,

De se inchar de pavonices chamativas,

Que causem ponderações apreciativas.

 

Este elã motivador de uma vida vazia,

Espalha ferrugem em eventual estadia,

Sob gás falso advindo do estufamento,

De favorecer o auto-engrandecimento.

 

O visível inchaço da adoração do ego,

Só permite bater um olho quase cego,

No que eleva para a honra e prestígio,

Ainda que no desconfortável fastígio.

 

Encanto pelos lugares proeminentes,

Leva aos fingimentos protuberantes,

 Para impressionar com rara grandeza,

E esconder falta de genuína inteireza.

 

Na visível e palpável compra de afeto,

Sobressai o avesso do que é discreto,

Porque tudo é feito por uma imagem,

Da couraça que esconde a chantagem.

 

Escravizada numa auto-imagem falsa,

Tudo mobiliza pelo que mais exalsa,

Porque, já desprovida de gratuidade,

Perde todo o senso de generosidade.

 

Como amizades se tornam aparentes,

Nada passa das bajulações aderentes,

Para alargar o interesse pela imagem,

E adoração da sua própria tapiragem.

 

Por não saber valorizar a fala alheia,

Que a seu ego muito pouco granjeia,

Vive da exterioridade de roupagem,

E das aparências para a blindagem.

 

 

sábado, 30 de agosto de 2025

O MUCUFA AIROSO

 

 

Sob o topete ostensivo e alaranjado,

Sustenta-se um vivente desprezado,

Tido por fraco, largamente covarde,

Embora faça muito barulho e alarde.

 

Tudo o que faz decorre pela metade,

E seu rabo preso anula a majestade,

Porque, procedimentos desonestos,

Apontam lida de constantes doestos.

 

Quer ser ordeiro contra baderneiros,

Mas não oculta os traços flibusteiros,

Que maculam a imagem de estadista,

E deixam a fala em descolorida crista.

 

Muito aproximado da condição idiota,

Não admite a possibilidade de derrota,

Pois autossuficiência de ser onisciente,

Situa-o no além do mundo consciente.

 

Sente-se como único líder autoritário,

Capaz de reger o mundo arrendatário,

Pois a mão divina guia os seus passos,

Para resolver planetários embaraços.

 

Mesmo inseguro, disfarça-se seguro,

Para apontar o dedo indicador duro,

E emitir ordens pessoais categóricas,

Com rompante e agressivas retóricas.

 

Seu autoritarismo, com traço original,

Distinto dos demais, no fundamental,

Pois não segue um sistema autoritário,

Mas, segue sua percepção de solitário.

 

Defensor férreo do direito à liberdade,

Nega-o aos demais, na larga saciedade,

Sobretudo aos cientistas e acadêmicos,

Para efetivar os seus planos endêmicos.

 

Exagerado e falso numa igual similitude,

Delira contra o protecionismo da atitude,

Praticado pelas outras nações soberanas,

Porque visa impor as suas leis doidivanas.

 

A ação de suplantar a democracia liberal,

Aufere-lhe um vastíssimo poder triunfal,

De ser o mais autoritário dos poderosos,

Para agir conforme os humores raivosos.

 

Remove e intrometido em tudo, demite,

Porquanto vive só do seu pessoal palpite,

E quer que tudo esteja sob a larga tutela,

Que amplia adorada e conquistada trela.

 

Cria com os imensos muros alfandegários,

A fome, crise e prejuízo nos proprietários,

A fim de que todos fiquem bem atrelados,

Ao adorado dólar, e seus amplos legados.

 

Quer acumular vasta fortuna de dinheiro,

Para engrandecer seu próprio candeeiro,

Iluminando o mundo com soberba regra,

Da sua peculiar e narcizista contra-regra.

 

Seu olhar possessivo e muito ambicioso,

Apenas vislumbra um fascínio auspicioso,

Na polarização única por extrema-direita,

Sem empatia ou dó na morbidez maleita.

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

POTENCIAL AGRESSIVO

 

 

O estranho animal humano,

Tende a viver modo insano,

Mesmo altamente superior,

No rumo do seu pundonor.

 

É um animal, que sabe odiar,

Mas, aprende a se abrandar,

E ver que, o ódio sem razão,

O faz absurdo sem correção.

 

Estimulável à agressividade,

Amplia a visão de fatalidade,

E vê a violência com guerra,

Como único meio papa-terra.

 

Se é doutrinado para matar,

Vê-se messiânico para alçar,

Níveis cruéis de brutalidade,

Como sinal de hombridade.

 

É criatura capaz de superar,

E esquecer o jeito de lidar,

Com truculência agressiva,

Para a ação amável e altiva.

 

Consegue até enternecer-se,

E com outros compadecer-se,

Na boa autotranscendência,

E atitudes de benemerência.

 

Seu sentido, nunca lhe é dado,

E pode por ele ser encontrado,

Não por receitas e regimentos,

Mas, com altruísmo de alentos.

 

Não é pobre e vazio de mente,

Para bloquear tudo que sente,

E fazê-lo animal para o serviço,

Sem a luz de humanitário viço.

 

Sua virtualidade para conviver,

É bem melhor do que morrer,

Na estúpida arregimentação,

De matar e causar devastação.

 

Urgente ética social e cultural,

Muda este mecanismo mortal,

Quando nova justiça antitética,

Substitui o inimigo por poética.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

O PODEROSO MEQUETREFE

 

 

Anda de olho inchado por ser xereta,

Sem largar sua megalomaníaca treta,

Intromete-se na organização alheia,

Como sendo da sua particular aldeia.

 

As veias de suas mãos, bem dilatadas,

De tanto catar as fontes afortunadas,

Já não conseguem fazer algum afago,

E menos ainda, reparar algum estrago.

 

Vive da paixão furiosa e descontrolada,

Que solta ódio duma emoção malcriada,

E estimula todo dia, potencial agressivo,

Doutrinado para largo poder destrutivo.

 

Entende que sua violência é necessária,

Pois precisa dormir na cama pecuniária,

Antevendo que vai servir como augusta,

Para a sua paranoia honorífica e vetusta.

 

Como o velho e conhecido bisbilhoteiro,

Anda metido em suruba, feito flibusteiro,

E todo dia soma encrenca por ser xereta,

E o deixa carrancudo com a feição careta.

 

Enxerido em tudo que é feito no entorno,

Fita os olhos inchados, por mais suborno,

Do quanto que não pertence à sua conta,

Com a arrogante e intempestiva afronta.

 

Em tudo quanto lhe renda larga vantagem,

Da sua interesseira e desleal traquinagem,

Vê que poderia ter sido largamente maior,

Mas que evitou que viesse a ocorrer o pior.

 

Assim o mequetrefe se pensa acima de Zeus,

E quer ter todos os humanos submissos seus,

Para aquilatar o seu poder infinito e eterno,

Mesmo que já viva o mais legítimo inferno.

 

 

 

 

sábado, 23 de agosto de 2025

GALO VELHO

 

 

Longe da visão apocalíptica do tempo,

Pode-se aferir um similar contratempo,

Do império antigo em afã perseguidor,

Achando-se no direito de ser superior.

 

Enquanto Apocalipse falava de visões,

Vistas no céu, para evitar perseguições,

Animava cristãos deprimidos ante ódio,

Do império romano em triste episódio.

 

A minha visão, ocorreu na beira do rio,

Pude observar, um decadente poderio,

Dum galho velho, reinando no terreiro,

Com o procedimento todo embusteiro.

 

Muitas galinhas e muitos outros galos,

Manifestavam ali os cacarejos vassalos,

Constataram decrepitude do galo velho,

E numa apatia, ignoravam seu conselho.

 

O galo velho, de cabeça erguida, cantava,

Corria com outros galos, e os provocava,

Mas estes corriam alguns metros adiante,

E exibiam cópulas de forma redundante.

 

O galo velho, cacique e dono no terreiro,

Após longo tempo fértil, forte e altaneiro,

Ampliou esporas enormes e compridas,

Que passaram a atrapalhar as suas lidas.

 

O tamanho das esporas, virou armadilha,

Que se tornou um freio da lida andarilha,

E os demais galos, sabedores deste limite,

Copulavam belas galinhas com paixonite.

 

Até que o galo velho chegava para ataque,

Já tinham completado seu contra-ataque,

E pareciam debochar do velho impotente,

Ainda metido a soberano todo arrogante.

 

Algumas galinhas próximas do galo velho,

Se acocoravam, sem sentir o seu pintelho,

Pois, suas esporas enroscavam as pernas,

E sequer subia para as ações entrepernas.

 

Os galos do lado, oportunistas na ocasião,

Passaram a desfrutar desta aglomeração,

E, deixavam o galo velho, rubro de inveja,

E ultrapassado na sua imperialista peleja.

 

O galo velho, mesmo arrastando as asas,

Inconformado diante das traições rasas,

Já não tinha mais forças para confronto,

Mas, andava devagar, e metido a tonto.

 

 

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

RUST OUT

 


Cada dia, mais complicado,

Em nosso português falado,

Não mesclar a língua lídima,

Com a fala de forma dídima.

 

Tal como se fala portunhol,

Entra língua inglesa no rol,

Encampa vasto vocabulário,

E enche o nosso dicionário.

 

Do Brain Rot, ao Burn Out,

Já assimilamos o Rust Out,

Para indicar falta de tesão,

Com estresse na motivação.

 

Na indústria metalomecânica,

Ferrugem corrói peça metálica,

Mas conta com gel removedor,

A agir com forte poder diluidor.

 

Rust Out, em novo significado,

Conota humano desesperado,

Que constata declínio mental,

E cansaço com exaustão total.

 

Tarefas repetidas e monótonas,

Sob ambições bem antagônicas,

Induzem ao largo tédio e apatia,

Diante da sobrecarga de ironia.

 

Decepção no que foi desejado,

Para um rendimento almejado,

Mais a cobrança de eficiência,

Produz a psíquica insuficiência.

 

Nem redes sociais compensam,

E repetição que outros pensam,

Produz uma larga desmotivação,

E progressiva despersonalização.

 

Quando nada mais é estimulante,

Similar ao processo enferrujante,

Que sedimenta no agir cotidiano,

A apatia como monótono tirano.

 

Desânimo progressivo toma conta,

E na mente enferrujada desponta,

Silenciosa e paulatina desistência,

Sem um gel ativador de resiliência.

 

Falta fabricar novo gel removedor,

Para tédio que calcifica pundonor,

Ou mudar o sistema de produção,

Que suga o corpo até a exaustão.

 

sábado, 16 de agosto de 2025

MULHER ENCANTADORA

 


Lembra-se uma mulher encantadora,

Não conhecida como influenciadora,

Nem amante de influencer afamado,

Ou atriz de corpo esbelto e explorado.

 

A mulher lembrada foi cheia de graça,

Bem distinta das mulheres de pirraça,

Pois, soube contemplar Deus de amor,

E alimentar sensibilidade de pundonor.

 

Seu modo de ser ecoa nossa aspiração,

De assuntar-nos na qualidade de ação,

Para algo tão pequeno e, tão peculiar,

Que se expressa no fino modo de olhar.

 

O seu olhar compassivo e muito sereno,

Atraía como um ímã para o bom aceno,

A revelar ternura com a compreensão,

Para um modo oblativo na observação.

 

Não era o amor que só via a si mesma,

Ou de quem se colocava como piesma,

Mas amor repassado em pés andantes,

Para o encontro com pessoas distantes.

 

Era amor mediado pelas mãos serviçais,

Para presteza de gestos os mais triviais,

A mostrar bem-querer de proximidade,

No jeito simples de criar solidariedade.

 

Ela deixou-se afetar pelo amor maior,

Por isso empenhou-se no seu melhor,

Que produzia o júbilo diante de Deus,

E a fascinação nos interlocutores seus.

 

Mui prestativa no contexto envolvente,

Irradiava pelos olhos o estado contente,

Do significado da existência prestimosa,

Para alargar uma convivência primorosa.

 

Da mulher magnética para o bem-querer,

Sobrou só a venerada deusa de conceder,

Graças e favores a fiéis muito insistentes,

Para os imediatos milagres a persistentes.

 

Assunção de hoje vorazmente desejada,

Esquece a contemplação tão recatada,

Da Maria jubilosa, mãe de Jesus Cristo,

Nas interações para mundo benquisto.

 

Sua assunção, como a nossa esperança,

Aponta a intuição para vida na bonança,

Movida, bem mais por coração bondoso,

Do que pelo tão insinuado rancor odioso.

 

 

 

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

ALEGRIA E UTOPIA

 


Utopia como bom sonho alcançável,

Da vida aberta à plenitude desejável,

Foca o olhar para além de ideologias,

Pois, com elas não se gestam alegrias.

 

O bem-viver não resulta das receitas,

Nem de promessas e ações mal-feitas,

Menos ainda de alienações estudadas,

Para as subserviências tão aquilatadas.

 

Não basta alguns pensar sobre todos,

E incutir à força os ambiciosos modos,

Sob ferrenha disputa de concorrência,

Na guerra humanoide por precedência.

 

O bem viver depende de um horizonte,

Propiciado por uma esperança andante,

Que vai tateando e discernindo o rumo,

Para que ações apontem novo aprumo.

 

Num discernimento de sonho coletivo,

Emerge a ética para o humano lenitivo,

De relacionamentos com reciprocidade,

Para a convivência de maior gratuidade.

 

A cordial inter-relação cria auto-estima,

E sentimento de pertença ao bom clima,

Para elevar o peculiar de seres humanos,

A fruir bom amparo em solidários planos.

 

Certamente ninguém quer sentir-se mal,

E nem mesmo conviver em clima desleal,

Por isso o genuíno da proposta de Cristo,

Aponta um reino de tratamento benquisto.

 

 

 

 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

ALEGRIA

 

 

Teria algo maior para elevar a vida,

Do que uma alegria que convalida,

Um altaneiro sentimento humano,

Dum prazer pelo existir cotidiano?

 

Alegria, geradora de outros afetos,

Como esperança e amor, discretos,

Antecipa o futuro de expectativas,

Que levam a fruir boas alternativas.

 

De “laetitia” da procedência latina,

Contraposta a “tristitia”, pobre sina,

Conotava-se aumento da perfeição,

Pois,  a triste era a sua diminuição.

 

Para filósofos antigos era a paixão,

Da alma mobilizada pela boa ação,

Nada contrária e oposta à tristeza,

A efetuar algo bom para presteza.

 

Enfeita um bom estado de ânimo,

Com magia de poder magnânimo,

De prendar mais do que satisfação,

A rica exuberância na inter-relação.

 

 

Se explicar a alegria é tarefa difícil,

Experimentá-la em graus é tão fácil,

Pois, básico elemento da felicidade,

Irradia a plenitude para eternidade.

 

Ao mesmo tempo que aponta rumos,

A alegria oferece os básicos aprumos,

Para guiar, como a lanterna no escuro,

Uma rota que se faz caminho seguro.

 

Alegria restaura, unifica e propulsiona,

Aquilo que tanto a vida redimensiona,

Para uma transcendência que enleva,

Identidade, com rosto que graça eleva.

 

Ajuda a liberar motivações de festas,

Nas conquistas, ante ações molestas,

E na celebração de pequenas vitórias,

Faz integrar atos de tristes memórias.

 

Sua dança, graciosa, leve e atraente,

Atiça uma vistosa chama irradiante,

Que ilumina com as esperanças reais,

O transbordamento de efeitos vitais.

 

Sua teia fina quase invisível, amarra,

Para unidade humana que se agarra,

Contra relações de tantas injustiças,

No agir de resiliência contra cobiças.

 

Que a alegria ante homens infaustos,

Evite seus progressivos holocaustos,

E atice todas as humanas qualidades,

Para comunicação sem as inverdades.

 

Que ela faça explodir não as bombas,

Mas a exultação que firma marombas,

Na tênue e frágil convivência humana,

Que com tanta arma se mostra insana.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

RETROPIA RELIGIOSA

 

 

Da utopia da Igreja em diálogo,

Sem o empedernido decálogo,

Mira-se o sinal de ação divina,

Na busca frágil de fé cristalina.

 

Grandes aspirações do passado,

Acrescidas ao fantasioso legado,

Voltam a glorificar uma prática,

Duma bem antiga visão estática.

 

Reatar antigo processo histórico,

Atrai para o conceito categórico,

Dum mundo essencialista e forte,

Para um sagrado e seguro aporte.

 

A fala da falsa sociedade perfeita,

A incidir na sociedade imperfeita,

Gera status saudoso do passado,

Como uma ação do divino legado.

 

Nostalgia de ressuscitar o intento,

Do vestuário romano de contento,

Atribui à chamativa indumentária,

O lugar superior de ação signatária.

 

Segurança sonhada daquele tempo,

Mais do que recordar o entretempo,

Brilha como um horizonte luminoso,

Ante o quadro inseguro e vaporoso.

 

Nada de Igreja “em saída e sinodal”,

Mas imagem daquela Igreja triunfal,

Permite restaurar a imagética visível,

Do tempo eternizado como indizível.

 

Atrair pela harmonização das vestes,

Com movimentações tão rupestres,

Produz atrativo teatro retrospectivo,

Como um divino unguento lenitivo.

 

Sem projeto humanitário atraente,

Diante de tanta gente descontente,

Encanta o prefixo “re” de propostas,

Para a retrospectividade de apostas.

 

Remisturar para novamente reeditar,

Torna-se um foco para se reencantar,

Com a velha e estranha indumentária,

Luz e foco na sociedade fragmentária.

 

Nem mesmo a utopia da esperança,

Move religioso foco de desconfiança,

De que o hodierno sem suposto bom,

Supere aquela vetusta visão de dom.

 

 

Passado, mais imaginado do que real,

Produz o alto sonho de poder surreal,

Dum tempo mitificado como religioso,

E de abundante resultado prodigioso.

 

 

 

 

 

sábado, 9 de agosto de 2025

O TESOURO DO CORAÇÃO

 

O TESOURO DO CORAÇÃO

 

Mina localizada na profundidade,

Da bem escondida interioridade,

Fascina no mundo das fantasias,

Mas, desvia-se nas falsas alegrias.

 

Noticiários exaltam a felicidade,

De influenciadores da sociedade,

Que vendem corpo e ostentação,

Em atos de perniciosa reputação.

 

Morte, ciúme, briga e reatância,

Boa manchete da pífia lambança,

Revela o rico e venerado tesouro,

De tudo quanto reluz como ouro.

 

Cria-se multidão de sonhadores,

No alcance de rápidos pendores,

Sem mínima capacidade oblativa,

Mas com máxima de ação lasciva.

 

A venda e o consumo de imagem,

No corpo sedutor para vendagem,

Torna-se um perfunctório tesouro,

Que rende muito mais que o ouro.

 

Jesus no ato afetivo aos seguidores,

Revelou-lhes caminhos inovadores,

Para alcançar tesouro da identidade,

Encontrável na lídima interioridade.

 

Orientou o seu pequenino rebanho,

Para o que traz o verdadeiro ganho:

Não ter medo de ser um fermento,

Diluído na massa para seu aumento.

 

Não solicitou influência vertiginosa,

E grande ação falada e prodigiosa,

Para impor anúncio de submissão,

E nem o evangelho de dominação.

 

Belo tesouro do seu modo de ser,

Para a identidade de enternecer,

Constituía o rico tesouro de Deus,

Para minguados seguidores seus.

 

O tesouro da capacidade oblativa,

De uma boa disponibilidade altiva,

O convite para além das bijuterias,

Indicava prática sem ações bravias.

 

 

 

<center>VINHO NOVO</center>

    Jesus recomendou barril novo, Para um vinho bom de renovo. O vinho era o símbolo de festa, E não deveria deixa-la molesta.  ...