sexta-feira, 23 de agosto de 2024

O ADORADO ESPELHO

 

 

Magistral para a auto-egolatria,

Requer-se espelho de simetria,

Que todo dia aumenta retorno,

Para glorificar o próprio adorno.

 

A procura frenética pelo sucesso,

Adorada como fonte de progresso,

Produz narcisismo doentio e fatal,

De quem quer manter-se imortal.

 

Único encantamento por si mesmo,

Desloca a auto-estima para o esmo,

Pois vale o ser admirado e ingerido,

Para o sonho de muito fã aguerrido.

 

Na oblação de consumo, o lucro fácil,

Manda muito mais que amigo grácil,

Já que centralizada venda da imagem,

Constitui fascínio de famosa miragem.

 

Sentir-se digerido por larga admiração,

Revela um agudo egoísmo sem direção,

Pela dependência da apreciação alheia,

Com a bajulação e apreciação galanteia.

 

Somem os bons vínculos afetivo-sociais,

Já que os espelhos dos mundos virtuais,

Aparentemente condecoram a imagem,

Oferecida com diversificada roupagem.

 

Um Ego todo carente de ser consumido,

Revela-se bem dependente e deprimido,

Quando sua imagem criada e fantasiada,

Não vem a ser vendida e comercializada.

 

Noticiários destacam sortidas imagens,

De influenciadores em pífias postagens,

A esnobar requintes de fortunas ilícitas,

Que apontam ausências éticas implícitas.

 

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