segunda-feira, 12 de agosto de 2024

VIOLÊNCIA TOLERADA

 

 

Ao lado do mimetismo humano,

A disfarçar procedimento insano,

Somou-se o poder de informação,

Para anestesiar toda a população.

 

À preparação das armas de guerra,

Segue-se uma persuasão que acirra,

A necessidade de eliminar inimigos,

Da vida ordeira de pacatos amigos.

 

Ao se perpetrar estúpida violência,

Usa-se comunicação de indecência,

Para persuadir a todos que tal fato,

Fora precípuo e justo para tal trato.

 

Cobra-se de mandantes a aprovação,

Para endossar perversa e bélica ação,

E que alinha, ao lado dos agressores,

Muitos outros arrogantes malfeitores.

 

Sob o vasto convencimento exaustivo,

Anestesia-se todo consciente resistivo,

A aprovar e aceitar violência praticada,

Como uma necessária ação sofisticada.

 

Cessam então informações veiculadas,

E se alargam as matanças acumuladas,

Sob forçada quietude de aparente paz,

Dos vitimados pela crueldade mordaz.

 

A consciência larga da insensibilidade,

Aceita toda e qualquer arbitrariedade,

Desde que não afete bolso e ambição,

Para seguir consumo sem moderação.

 

A cruel frieza diante dos congêneres,

Afeta básicas condições biogêneres,

E aliena os assistentes com miragens,

De carnificinas com mórbidas imagens.

 

Desinformados de notícias impactantes,

As mentes anestesiadas, mas diletantes,

Enquadram na larga e solta consciência,

O progressivo estágio da sua demência.

 

 

 

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