terça-feira, 13 de agosto de 2024

GEMIDO DA TERRA

 

 

Uma cruel e perversa ideologia,

Enche nossa cabeça noite e dia:

A felicidade vem da economia,

A desenvolver-se na isonomia.

 

Olhar fito sobre bens da Terra,

Desperta a ambição que berra,

Para ampliar saque à natureza,

E cumular-se de farta riqueza.

 

Humano feito veneno danoso,

Metido a destruidor perigoso,

É atentado contra própria vida,

No desrespeita a Terra querida.

 

Faz-se dono, sendo parte dela,

E mata mundos sob falsa trela,

Que atingem o seu organismo,

Ferindo-o com sádico cinismo.

 

Esquece que é parte da terra,

E mera condição que encerra,

A sagrada condição simbiótica,

Na vasta macro e micro-biótica.

 

Não capta o mundo circundante,

E nem se sente dele participante,

Pois alienado do que o deixa vivo,

Mata-se no procedimento reativo.

 

No direito de propriedade privada,

Faz com ela o que bem lhe agrada,

E esquece que ao matar sistemas,

Cria para si incontáveis problemas.

 

Estimulado para o economicismo,

Deste desenfreado destrutivismo,

Atenta contra a sagrada condição,

De fazer parte de vasta interação.

 

Se não é dono, mas apenas parte,

Deve alargar com desvelo e arte,

Uma convivência multisistêmica,

Para evitar propensão endêmica.

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