quinta-feira, 22 de agosto de 2024

FUMAÇA

 

 

A fumaça tóxica de fumantes,

Ainda vai agredindo andantes,

Mas, a outra azul e venenosa,

Causa doenças em polvorosa.

 

Vinda da longínqua Amazônia,

Leva a dias e noites de insônia,

Seguindo leitos de rios aéreos,

Sem a água com seus critérios.

 

Em vez da lufada de boas águas,

Espalham-se toxinas ambíguas,

Misturadas na fumaça azulada,

A intoxicar de forma desvelada.

 

Já não é o céu azul das canções,

Mas o das mortais conjunções,

Com gases altamente nocivos,

Ao vasto mundo de seres vivos.

 

Sem acesso ao bom ar oxigenado,

Pois, resta apenas o envenenado,

Que cria a dificuldade respiratória,

E com uma bronquite compulsória.

 

Queimadas crescentes a cada ano,

Sem controle no vasto desengano,

Fazem do agronegócio ambicioso,

Lei que silencia de modo capcioso.

 

Ordem severa para mais produção,

Ignora a saúde e a básica condição,

E avança sobre quaisquer florestas,

Insensível às científicas admoestas.

 

Nas ambições de polpudos lucros,

Vendem-se articulados simulacros,

Para despertar uma cega obsessão,

Que degenera a humana condição.

 

Sofridos e ofegantes respiradores,

Vitimados pelos alérgenos odores,

Vão definhando no sofrido torpor,

Anestesiados por frígido impudor.

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