quarta-feira, 27 de maio de 2020

PIPAROTES COM OFENSAS




O sonhado bom meio interativo,
Para o isolamento um paliativo,
Tornou-se arena dos combates,
De fanatizados e pífios embates,

As palavras proferidas são fracas,
Ante gestos e motivações patacas,
Para ampliar o ódio ao adversário,
E justificar certo apelo temerário.

O estranho é que amigos pacatos,
Endossem afirmações e desacatos,
Com preclaro argumento deletério,
Cheio de provocação e impropério.

Até elementar noção de civilidade,
Que prezava trato de cordialidade,
Sumiu do cotidiano das interações,
E medeia o rechaço com palavrões.

Na linguagem não verbal de gestos
Insinuações com pesados doestos,
Apontam para guerra de amoucos,
Que destratam pela ideia de loucos.

Quando piparotes reforçam os ódios,
Em favor de supostos e belos pódios,
Impregna-se página social de amigos,
Com a guerra declarada aos inimigos.

O inimigo declarado é o que discorda,
Do que o exaltado categórico aborda,
E isto justifica tão tenaz perseguição,
Porque constitui risco contra a nação.

Assim não se pode apertar o celular,
Porque salta o sangue de ódio no ar,
Para deixar Moloch muito satisfeito,
Com o sangue humano ao seu preito.



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