Na elevação da intimidade,
Os direitos da pluralidade,
Couraçam protecionismo,
Ao afoito individualismo.
Enquanto os muros reais,
Viram ícones substanciais,
De auto-defesa e ataques,
Centralizam-se combates.
A comunhão tão sonhada,
Vira nebulosa emaranhada,
Porque o distinto é inimigo,
Que proporciona desabrigo.
A técnica da combatividade,
Tão insinuada na sociedade,
Cria altos muros de defesa,
E abocanha a reta inteireza.
Obsoletos fins de proteção,
Anulam toda boa mediação,
De gerir mais fraternidade,
E o lídimo amor de verdade.
Outros muros intrapsíquicos,
Alargados por atos políticos,
Ocultam paranoias doentias,
E as multifacetadas manias.
Aquém de muros silenciosos,
Clamam os desejos ardorosos,
Por sinais de mínima empatia,
Para o bom gosto de cada dia.
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