quarta-feira, 13 de maio de 2020

HUMANOS E COVIDES




No embate das forças destrutivas,
De confrontos e duras invectivas,
Balança a tecnologia acumulada,
Da sofisticação humana dilatada.

Dos mecanismos de espionagem,
Às sutis estratégias de rapinagem,
Com recursos de satélites radares,
Os humanos inventam patamares.

Prepotentes, espionam e saqueiam,
Espoliam e submetem ou eliminam,
Tudo quanto possa ser manipulável,
Para a perversa ambição insaciável.

Fazem-se de donos do que desejam,
E não sossegam com o que ensejam,
Para aumentar o poder de barganha,
E expandir possessividade patranha.

Relegam parcelas a morrer de fome,
Para investir em inimigos sem nome,
Que permitam ampliar o patrimônio,
Numa obsessão hedionda de demônio.

No confronto, o adversário silencioso,
Sem o alarde de discurso contencioso,
Avança sobre as câmeras e sensores,
E vai até as entranhas dos opositores.

Causa efeitos que silenciam bombas,
E desdenha de arsenais e marombas,
Que protegem os planos econômicos,
E os alardeados teóricos dicotômicos.

Ignora a ciência falaz de seguranças,
E a inteligência de pífias lambanças,
E vai até o miolo do seu adversário,
Para dizer que manda no temerário.

Invade até os hábitos embevecidos,
De etiquetas e modos envaidecidos,
Para afirmar a sua larga hegemonia,
Sobre a farta e desumana acrimonia.

Força todo o contingente humano,
A humilde lida com seu desengano,
E a moderar as suas megalomanias,
Para projetar outro tipo de utopias.

Talvez redescobrirá na cordialidade,
Razão saudosa e rica à humanidade,
Para torna-la mais pacata e ordeira,
E incorporar toda a virose fagueira.

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