quarta-feira, 6 de maio de 2020

NO FRAGOR DAS INCERTEZAS




Quando o cotidiano se agita,
E nos pensamentos palpita,
Ar de dúvidas causticantes,
Até ressoam as diletantes.

Sinistras ameaças de longe,
Sem serenidade de monge,
Enchem vastos noticiários,
Com informes temerários.

Junto às ousadias políticas,
Agem tramas econômicas,
Com as garras da injustiça,
Cegas e focadas na cobiça.

Rondam os nacionalismos,
Fanatizados por fascismos,
Com religiosa sustentação,
Para oprimir a população.

Enquanto elites debocham,
As esperanças desabrocham,
Junto ao espiral da violência,
Por redução da delinquência.

As pestes dos tantos medos,
Ocultam táticas e segredos,
Nas aleatórias vitimizações,
E matam vastas populações.

Piores são as perversidades,
Das degeneradas maldades,
De prepotentes inquisitores,
E dos cínicos exploradores.

O ar sinistro deste desvario,
Acabrunha o solidário brio,
E na contingência humana,
Larga incerteza se dimana.










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