Com tanto catastrófico
profetismo,
A vida revela cada dia mais
cinismo,
Diante dos que se dizem
entendidos,
Na economia de intentos
escondidos.
Enquanto alguns discutem
mercado,
Outros fitam um palpite
deliberado,
Para se promover com seu
achismo,
No asqueroso e pífio
exibicionismo.
Falam, sobretudo do não
entendido,
Para afirmar que nada será
auferido,
Porque o culpado da crise é
anônimo,
E que ninguém localiza seu
sinônimo.
Nos discursos escusos e
conformistas,
Anulam-se quaisquer
possíveis pistas,
Para alguma mobilização
articuladora,
E a projeção para uma vida
inovadora.
Na criatividade humana tão
peculiar,
Algo pode inverter o poder
de espoliar,
Para terminar com a astúcia
do palpite,
E transcender as discriminações da elite.
Mesmo embebidos de crise e
opressão,
Sob a política de
interesseira concessão,
Mais que obsessão pela lei
estabelecida,
Pode-se ativar a capacidade
enternecida:
As dores das vitimas de
tanta enganação,
Podem apontar o lume de uma
irradiação,
Que indica para outra
sociedade possível,
Já acalantada no anseio de
algo indizível.
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