Nascidas de pouco e fraco
consenso,
Criam a escabrosa virose do
dissenso,
Porque os juramentos bem
emotivos,
Escondem os interesseiros
objetivos.
As promessas de vida
próspera e feliz,
Carregam a trama que logo
contradiz,
A harmonia das fantasiadas
alianças,
E fazem vigorar funestas
lambanças.
A infidelidade dos pactos
celebrados,
Dissemina nos extravagantes
legados,
As prescrições externas e
espoliadoras,
Que anulam necessidades
promissoras.
Fazem sonhar com o paraíso
iminente,
Mas apenas produzem clima
renitente,
Que avança na usurpação dos
direitos,
Para esconder os mais efetivos
defeitos.
Sob o sonho da prosperidade
possível,
E articulação de
estabilidade indizível,
Prestam-se aos interesses
do momento,
E deixam os espoliados no vil
desalento.
Afloram em palácios de
fartos manjares,
E ignoram esfaimados mundos
sem lares,
Para favorecer espertalhões
do privilégio,
Que se arrogam belo e
superior sortilégio.
No sofrimento não dito dos
seus súditos,
Jazem os sobrantes e
inertes decúbitos,
Sem as garantias de defesa
e de amparo,
E revelando na violência
seu desamparo.
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