quarta-feira, 21 de março de 2018

VACILO




Basta uma pequena desatenção,
Para que se alinhem na intuição,
As suspeitas de que o pior da dor,
Já não indica caminho animador.

Dissemina-se então o desencanto,
E vai roubando qualquer encanto,
De que a vida possa ter novo vigor,
Sem a sofrência do irritante torpor.

Mas quando uma voz alvissareira,
Garante que esta dor é passageira,
Recriam-se novas luzes na mente,
E anunciam a mensagem ardente:

Novos céus constatados nos planos,
Vieram substituir tristes desenganos,
Endossando o alento das esperanças,
Para momentos de gratas bonanças.

Na ressuscitada razão da existência,
Renasce a satisfação da convivência,
Na osmose do bem-estar confortante,
                      A alargar riqueza humana inebriante.

Assim a vida sob as supostas ameaças,
Esquece o medo de supostas desgraças,
E se prolonga rumo ao inusitado devir,
Consciente da dura sina de ter que agir.


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