quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

TEOLOGIA DO MEDO




Pregada como anúncio de segredo,
E centralizada num falso arremedo,
Ela insinua a necessária conversão,
Mas se limita à tática de submissão.

Eivada da mesquinhez interesseira,
E longe da perspectiva alvissareira,
Submete pelo seu satânico pavor,
Como se fosse um religioso fervor.

Longe do ato de redimir e integrar,
Muito alardeia para poder agregar,
Um bando de seres amedrontados,
A ver um capeta por todos os lados.

Faz da religião estrada dependente,
Que não alivia um povo padecente,
Mas lhe desperta um ciclo de culpa,
Que nega qualquer divina desculpa.

Deseja na verdade a muitos antolhar,
E esquece o que Jesus veio anunciar,
Pois, espera efeitos vindos do medo,
E com ele alargar seu astuto segredo:

Muita catástrofe no lugar da boa-nova,
A insistir na penitência que não renova,
E fazer da teologia do medo a condição,
Que não irrompe em sinais de salvação.





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