Se as relações de
mãe com filhos nem sempre são tão corteses e respeitosas quanto seria
desejável, as de sogra com genros e noras, - por natureza - tendem a
transcorrer mais polêmicas. A aproximação decorre de outros interesses e a
afinidade passa pelo difícil crivo da simpatia.
Facilmente vigora
o mecanismo primário do afeto de encantamento ou de rejeição. Assim, desde um
primeiro relance de vista, pode alguém, que tende a se inserir em novo grupo
familiar, encontrar a mais severa antipatia e, que com o passar do tempo, até
corre o risco de agravar-se.
De fato a troca do
ambiente familiar por outro, mais do que o impacto da simpatia, pode tornar-se
um caminho estressante e de conflitos tanto verbais quanto de comunicação
não-verbal com vistas a sugerir afastamento ou submissão.
Nas múltiplas
táticas de interferência, tanto para o bom entendimento quanto para agravar a
ruptura, desencadeia-se um vasto campo para piadas e anedotas, geralmente, de
extraordinária inventividade para referir-se às sogras. É claro, nem todas as
sogras e nem todos os genros e noras são a personificação do mal na vida
humana. Muitas se aprofundam em riquíssimas e benfazejas interatuações de vida,
de bem-querer, e de terna entre-ajuda.
Como as conversas
relativas a sogras tendem a tornar o tema mais hilário e de deslocamento de
sintomas – pois, são sempre elas que atrapalham os planos – acaba-se
esquecendo, que elas também podem ser excluídas.
Um exemplo
clássico de sogra deixada de lado é o da narração bíblica que se refere à sogra
de Pedro. Conta-se que Jesus, ao saber que ela estava acamada, e, com febre, –
cama pode simbolizar mais do que um desequilíbrio orgânico e uma reação calórica
do organismo para estabelecer um equilíbrio diante de alguma invasão
bacteriológica – ela estava sem participar das lidas humanitárias de Jesus
Cristo. Ele, no entanto, teve um procedimento impressionante: estendeu a mão, para
que a sogra de Pedro se erguesse. Ao sentir-se envolvida na socialização, ela
passou a servir os que vieram à sua casa.
Talvez as muitas
histórias de extraordinária ficção e criatividade em torno das sogras estão a revelar,
o que causa a “febre” que deixa tantas sogras acamadas e jogadas à sua própria
sorte, mereçam mãos que se estendem a fim de que uma acolhedora valorização
possa despertar-lhes a capacidade de bem servir. Desta forma, as noras e os
genros podem cultivar a virtude de gestos com alcance mais significativo do que
o de propalar inventivas anedotas sobre suas sogras.
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