No abusivo
excesso de louvores a Jesus,
Não está a
elevação da alma que reluz,
Nem a
sensibilidade profética a clamar,
Que pobres possam
elevar seu patamar.
O louvor de escusas
causas de elevação,
Esconde a real
e objetiva consternação,
Da injustiça ocultada
sob o belo louvor,
A dissimular
bom e religioso pundonor.
Os intentos da
louvação generalizada,
Na crença da
acumulação prosperada,
Desconsideram a
espoliação vitimária,
Que lesou a
outros de forma primária.
Nas melodias
intimistas e lamuriosas,
A louvação de
pretensões primorosas,
Esconde a lida
tão injusta e explorada,
E que em tantos
lares está desandada.
A alienação
auto-justificada no louvor,
Revela um
tristonho quadro de torpor,
Que invadiu rituais
cúlticos e religiosos,
E os eivou com
sons nada melodiosos.
Escorados pelas
potências eletrônicas,
As modulações
tão pouco harmônicas,
Querem impor
pela força dos decibéis,
O aumento dos
seus pretensos vergéis.
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