Velho ditado de que voz da justiça,
É a voz de Deus contra toda cobiça,
Caducou a sua força de persuasão,
E valoriza ironia na argumentação.
A interioridade de cada indivíduo,
Vive a briga de estranho resíduo:
Da indefesa pessoa desamparada,
E do juiz corrupto em desandada.
E quando se aborda a reta justiça,
Omite-se fonte de toda lei postiça:
Lei do forte contra o fraco indefeso,
Ou da vítima no juiz fautor de leso?
É a regra duma representação ética,
Ou, uma oficializada força fanática?
Se os juízes até vendem sentenças,
Querem obter fartas recompensas.
E como saber, se os homens da lei,
Não agem contra a lei ética da grei,
Inocentam os fautores da injustiça,
Somente para ampliar sua cobiça?
Quando o apelo à legislação divina,
Espera a imediata vingança sovina,
Certamente se amplia mecanismo,
Para a cega vingança com cinismo.
Mais do que pedir Deus na justiça,
Requer-se ação contra o que atiça,
A exploração dos poderes fortes,
Contra os vitimados sem suportes.
Se pobreza amplia vulnerabilidade,
Ecoa clamoroso grito por lealdade,
Para que o modo de viver a justiça,
Ultrapasse as leis caducas da cobiça.
Os juízes perversos da consciência,
Precisam ouvir a forte insistência,
Dos clamores do humano coração,
Em favor de justiça com o perdão.
Do contrário, o mecanismo de ódio,
Alargado pela fantasia do episódio,
Torna-se um iníquo com a maldade,
Instaurada na hodierna sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário