sexta-feira, 17 de outubro de 2025

VOZ DA JUSTIÇA

 

 

Velho ditado de que voz da justiça,

É a voz de Deus contra toda cobiça,

Caducou a sua força de persuasão,

E valoriza ironia na argumentação.

 

A interioridade de cada indivíduo,

Vive a briga de estranho resíduo:

Da indefesa pessoa desamparada,

E do juiz corrupto em desandada.

 

E quando se aborda a reta justiça,

Omite-se fonte de toda lei postiça:

Lei do forte contra o fraco indefeso,

Ou da vítima no juiz fautor de leso?

 

É a regra duma representação ética,

Ou, uma oficializada força fanática?

Se os juízes até vendem sentenças,

Querem obter fartas recompensas.

 

E como saber, se os homens da lei,

Não agem contra a lei ética da grei,

Inocentam os fautores da injustiça,

Somente para ampliar sua cobiça?

 

Quando o apelo à legislação divina,

Espera a imediata vingança sovina,

Certamente se amplia mecanismo,

Para a cega vingança com cinismo.

 

Mais do que pedir Deus na justiça,

Requer-se ação contra o que atiça,

A exploração dos poderes fortes,

Contra os vitimados sem suportes.

 

Se pobreza amplia vulnerabilidade,

Ecoa clamoroso grito por lealdade,

Para que o modo de viver a justiça,

Ultrapasse as leis caducas da cobiça.

 

Os juízes perversos da consciência,

Precisam ouvir a forte insistência,

Dos clamores do humano coração,

Em favor de justiça com o perdão.

 

Do contrário, o mecanismo de ódio,

Alargado pela fantasia do episódio,

Torna-se um iníquo com a maldade,

Instaurada na hodierna sociedade.

 

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