terça-feira, 21 de outubro de 2025

ÓDIO COM PODER

 

 

Mérito do rancor produzido e alargado,

Eleva patamar de mídias por todo lado,

Para atiçar quem segue influenciadores,

A incitá-los para os ataques vingadores.

 

Parece nada interessante ser generoso,

Ou valer-se da simpatia pelo grandioso,

De alargar a bondade, com cordialidade,

Para engrandecer o valor da sociedade.

 

Se até pouco, prevalecia maniqueísmo,

De quem se pensava, até com cinismo,

De colaborar a favor do supremo bem,

Até bom Deus explorava como refém:

 

Em nome dele queria combater o mal,

Para obter a vitória numa luta triunfal,

Contra inimigo imaginário e declarado,

A fim de não lhe deixar nenhum legado.

 

Vive-se, assim, a luta diária de um ódio,

A exaurir as energias contra outro ódio,

E o mais perverso será o forte vitorioso,

A descarregar ódio de domínio glorioso.

 

Ainda dá para prever tons moderados,

Com ódio cultivado por todos os lados?

Quando vencedores exigem prostração,

Sobra só o joelho dobrado sem reação.

 

Se redes se afortunam incitando ódios,

Neste vale-tudo de raiva a adversários,

Espalha-se todo cocô jogado no mundo,

Sob o ventilador midiático do iracundo.

 

Ao se confundir liberdade de expressão,

Com a larga difusão de ódio à exaustão,

Adora-se quem é um extremista e feroz,

Que esnoba sobre a vítima, como algoz.

 

Se notícia de ódio, de público garantido,

Vira sucesso para um mundo denegrido,

Resta ficar mais desconectado da mídia,

Para não sucumbir pelo rumo da acídia.

 

Menos elogio e reverência a vencedores,

Poderia ensejar os novos e bons alvores,

Para amenizar tons raivosos e agressivos,

E permitir fruição dos graciosos lenitivos.

 

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