Como a Covid roeu os fios da memória,
A moderna tecnologia rouba sua
glória,
Submetendo os humanos às máquinas,
E deixando valores culturais em
ruínas.
Enquanto alimentos superprocessados,
Produzem os tipos humanos obcecados,
Tecnologia de ponta na mão de
doentes,
Desorienta os hominídeos já
padecentes.
Devora todo sentido coletivo no
tempo,
E rouba a razão de pacífico
entretempo,
Pois, já trocou razão ética pela
estética,
E busca o poder, segundo a
aritmética.
Impõe suprema lei do tudo é
permitido,
Com isso, arrosta todo humano
sentido,
Interfere na política, manipula
resultado,
Para impor avanço num poderoso
legado.
Corrompe valores religiosos e os
politiza,
Como se fossem a ordem divina de
guiza,
Para impor os ditames da possessividade,
E arregimentar toda e qualquer
sociedade.
Qual animal moribundo e muito fedido,
Faz a guerra de morticínio
ensandecido,
Ser aclamada pelo absurdo da
dominação,
Na prepotência sobre a humana
condição.
Na velha tara humana, insiste na
tirania,
Do imperialismo colonialista sem
alegria,
Que deixa sofrer e morrer
estupidamente,
Em nome de um deus cristão
prepotente.
Quando mal a outros, pensado como
bom,
Se torna referência para absolutizar
o tom,
Manda só a animalidade perversa e
bruta,
Que se esmera por leis da mortífera
luta.
A tecnologia deslocada da função de
meio,
Tornou-se fim para poderoso jogo de
enleio,
E deixa os humanos sem sentido no mundo,
Desorientados por convencimento
iracundo.
À tecnologia, nada importa nossa
natureza,
Mas suga última gota de sangue com
crueza,
E, último litro de petróleo do nosso
subsolo,
Precisa satisfazer psiquismo doentio
o tolo.
Sobra imensa massa humana sem
história,
Já desprovida da lídima raiz e da
memória,
Angustiada pelo imprevisível do seu
porvir,
Sem capacidade mobilizadora para
intervir.
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