Seria afirmação de poder dos fracos,
Para ampliar a força contra velhacos,
Ou, seria uma apelação justificadora,
Para a ganância humana vingadora?
Deus, com certeza não se colocaria,
Numa vulgaridade de tanta baixaria,
Mas, alegar Deus no lado dos pobres,
É senso de que são produtos alfobres.
Afirmar Deus no lado dos oprimidos,
Significa dizer que são os
explorados,
Ou vítimas injustiçadas de poderosos,
Que efetuam procedimentos danosos.
Muitos destes supostos bons cristãos,
Usurpam a religião e se afirmam bons,
Longe da orientação justa e
respeitosa,
Para agradar a Deus na forma mimosa.
Louvam e agradecem pelos seus bens,
No olhar avesso aos dos pobres
reféns,
Porquanto os culpam pela larga
miséria,
Sujeitos merecedores de muita pilhéria.
Será que Deus quer acepção de
pessoas,
Para valorizar tão somente aquelas
boas,
E deixar ao léu os que não se
enquadram,
E no emprego espoliador não se
alvidram?
Fartura de fariseus modernos
agradecidos,
Enaltece a Deus com os louvores
coloridos,
Mas, bem distante da humildade
sugerida,
Acha-se justa, sem a consciência
merecida.
Auto-suficiência com mania de
grandeza,
Que leva a achar-se superior na
inteireza,
Cega a auto-crítica encobridora de
pecado,
E oculta toda a trapaça do sistema
viciado.
Vida atual com tanta adoração do
egoísmo,
Alarga por todo lado, contraditório
cinismo,
De que o pobre é culpado pela sua
pobreza,
E que não merece nenhum ato de
presteza.
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