Velha tentação humana
racionalizadora,
Justifica toda e qualquer ação
vingadora,
Para ratificar e reafirmar toda desculpa,
De vítimas agredidas sem um
mea-culpa.
Fácil condição de situar-se no lado
bom,
Permite soltar a trela com negativo
tom,
Contra toda a imperfeição na lida
alheia,
E divulga-la com a ostensiva boca
cheia.
Ao se pensarem como bons e melhores,
Críticos felinos e perspicazes dos
piores,
São os exigentes, injustos e
intolerantes,
E se arrostam pelos direitos mandantes.
Autossuficientes, e longe da
compaixão,
Esmeram-se numa vistosa e altiva oração,
Para inflar o ego da auto-imagem
erudita,
E dirigir-se a Deus com sua língua
maldita.
Acostumados a oprimir e outros
espoliar,
Nada possuem para doar, nem
empatizar,
Porque centram seu ego aureolado e
bom,
Como graça e suporte de um divino
dom.
Com sua falsa imagem de bons e devotos,
Sequer sabem ativar os controles
remotos,
Para desconfiar do modo de viver e
fazer,
Sem ver a ninguém para se compadecer.
Como se arrogam a parcela do grupo bom,
Falam da vida alheia como celestial dom,
Que oferece os modelos do agrado
divino,
Aos pobres humanos, pecadores e
cretinos.
Como não se sentem omissos, nem falhos,
Não carecem de perdão, como frangalhos,
E se tornam imutáveis no
tradicionalismo,
A assegurar-lhes o status do
fisiologismo.
Atrapalham convivência pelo que pensam,
Pois desferem a humilhação com ofensas,
E esperam condecoração de dádiva
divina,
Pela sua atitude nada altruísta, mas
cretina.
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