Movidos pela sutileza capitalista,
Cristãos transformam sua aposta,
Para captar de Deus ajuda valiosa,
Favorável à acumulação suntuosa.
No negócio pelo próprio interesse,
Deus é almejado pelo seu repasse,
Distante da noção “generosidade”,
E sem disposição para gratuidade.
Não se pensa em disponibilidade,
Mas em acumulação na saciedade,
A fim de obter muito e alto louvor,
Sem honesto e humanitário fervor.
No autocentramento voluntarioso,
Some a motivação de ser bondoso,
E alarga-se o nível da mesquinhez,
Sem sensibilidade ante a escassez.
Como a fé foca vaidade e egoísmo,
Some todo o solidário humanismo,
E capacidade de doação generosa,
Some no fito de ascensão vaidosa.
Ação de construir mundo fraterno,
Não percebe o mundo subalterno,
Que não experimenta amor de Deus,
Nem sente os sinais de entornos seus.
Tentação de exaltar poder de Jesus,
Apenas para alargar glória sem cruz,
Leva a exaltar sua própria conquista,
Sem a mediação de ação benquista.
Espera-se muita fé da parte de Deus,
Mas só para engrandecer os corifeus,
Sem abertura de espaço para doação,
E, sem elã para agir na boa intenção.
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