Magistral para a auto-egolatria,
Requer-se espelho de simetria,
Que todo dia aumenta retorno,
Para glorificar o próprio adorno.
A procura frenética pelo sucesso,
Adorada como fonte de progresso,
Produz narcisismo doentio e fatal,
De quem quer manter-se imortal.
Único encantamento por si mesmo,
Desloca a auto-estima para o esmo,
Pois vale o ser admirado e ingerido,
Para o sonho de muito fã aguerrido.
Na oblação de consumo, o lucro fácil,
Manda muito mais que amigo grácil,
Já que centralizada venda da imagem,
Constitui fascínio de famosa miragem.
Sentir-se digerido por larga
admiração,
Revela um agudo egoísmo sem direção,
Pela dependência da apreciação
alheia,
Com a bajulação e apreciação
galanteia.
Somem os bons vínculos afetivo-sociais,
Já que os espelhos dos mundos
virtuais,
Aparentemente condecoram a imagem,
Oferecida com diversificada roupagem.
Um Ego todo carente de ser consumido,
Revela-se bem dependente e deprimido,
Quando sua imagem criada e
fantasiada,
Não vem a ser vendida e
comercializada.
Noticiários destacam sortidas
imagens,
De influenciadores em pífias
postagens,
A esnobar requintes de fortunas
ilícitas,
Que apontam ausências éticas
implícitas.