Tanta queixa e lamúria,
Tristonha com penúria,
Extravasa dor remoída,
De agressão ressentida.
É a carga de sofrência,
A comprar clemência,
Para dissuadir a culpa,
Sem a menor desculpa.
A culpabilidade alheia,
Constitui o nó da teia,
A justificar sofrimento,
Com o danoso intento:
Sempre o outro sujeito,
Agiu com mau despeito,
Que causou o prejuízo,
E deteriorou o paraíso.
Como o outro fez sofrer,
Merece similar padecer,
E mesmo o seu agravo,
Não alivia o desagravo.
A ruminação fantasiosa,
Alimenta ira rancorosa,
Para proceder vingança,
Com a maior confiança.
Na relação dependente,
A fragilidade pendente,
É da vulgar resignação,
Sem efetuar superação.
Incapacidade de perdão,
Aferra todo clima lerdão,
Para integrar os conflitos,
De procrastinados atritos.
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