quarta-feira, 5 de agosto de 2020

SENTIMENTOS RESSENTIDOS


 

Tanta queixa e lamúria,

Tristonha com penúria,

Extravasa dor remoída,

De agressão ressentida.

 

É a carga de sofrência,

A comprar clemência,

Para dissuadir a culpa,

Sem a menor desculpa.

 

A culpabilidade alheia,

Constitui o nó da teia,

A justificar sofrimento,

Com o danoso intento:

 

Sempre o outro sujeito,

Agiu com mau despeito,

Que causou o prejuízo,

E deteriorou o paraíso.

 

Como o outro fez sofrer,

Merece similar padecer,

E mesmo o seu agravo,

Não alivia o desagravo.


A ruminação fantasiosa,

Alimenta ira rancorosa,

Para proceder vingança,

Com a maior confiança.

 

Na relação dependente,

A fragilidade pendente,

É da vulgar resignação,

Sem efetuar superação.

 

Incapacidade de perdão,

Aferra todo clima lerdão,

Para integrar os conflitos,

                                         De procrastinados atritos.               

 

 

 


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