segunda-feira, 17 de agosto de 2020

ARTIGOS DE FÉ



Propriedade exclusiva das religiões,

Perdeu o seu poder de orientações,

E acabou no capitalismo neoliberal,

Dos governos de finança do capital.

 

Blindado por vistoso aparato militar,

Com tecnologia da força paramilitar,

Incorpora núcleo dos muitos desejos,

E se tornou teologia de bens sobejos.

 

No perfil de dogmas inquestionáveis,

Criou as regras rígidas e irreparáveis,

E exigem crença absoluta no mercado,

Valorizando competição e seu legado.

 

Do culto regular e obrigatório à ciência,

Para propriedade pessoal de excelência,

A mediação da tecnologia tão virtuosa,

Complementaria toda razão prodigiosa.

 

Agora o decreto de dogmas inusitados,

Espalha na paixão e afetos revigorados,

Absolutização do capitalismo financeiro,

Como único verídico no mundo inteiro.

 

Assim os desejos humanos canalizados,

E veiculados nos uniformizados legados,

Sucumbem diante do medo dos castigos,

Que a infração alarga com novos artigos.

 

Na santificação do empreendedorismo,

Tudo deve ser convertido no idealismo,

Do homem feito coisa livre do passado,

No jogo mortal de sumir no acumulado.


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