Quando ocupa
o lugar da espiritualidade,
E se torna
ferrenha na rotineira piedade,
Esconde sua
verdadeira direção religiosa,
E interage
como armadilha bem perigosa.
Para religar os
membros crentes ao divino,
Incorre num
vulgar e no estranho desatino,
De submissão
a práticas políticas e sociais,
Desvinculadas
dos argumentos imemoriais.
Mesmo movida
para um sentido essencial,
Que dá a
razão para o mundo referencial,
Pende para a
magia da mediação do além,
E acomoda à
passividade que não convém.
Quer produzir
envolvimento encantador,
Pelo olhar
exclusivista de um dominador,
Para formar
grupos sectários de potência,
Sem mediações
da valiosa benemerência.
Torna-se bem
categórica e controladora,
E ao invés
duma atenção reconciliadora,
Entende espiritualidade pelos ativismos,
Efetuados com
detalhados maneirismos.
Mede o
sucesso pela agitação barulhenta,
E na
conquista que sempre mais intenta,
O aumento dos
preceitos e mandamentos,
Vira o segredo para
motivação de eventos.
No agir
paralelo ao da proposta religiosa,
Fita
cegamente o olho na ação prodigiosa,
E, sem a construção do Reino anunciado,
Ignora a edificação do convívio almejado.
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