sexta-feira, 5 de outubro de 2018

GÊNESE DE BONDADE




Saudade da infância,
Da pouca ganância;
Com gracejos fúteis,
Sobre coisas inúteis.

A maldade tacanha,
Sem esperta manha,
Quase nada ofendia,
E nem piorava o dia.

Sem astúcia e malícia,
Brinquedo era delícia,
Sem as sutis proezas,
De ousadas safadezas.

As fantasias fluentes,
E os gestos decentes,
Teciam o imaginário,
Com um rico ideário.

O cabo de vassoura,
De força duradoura,
Virava cavalo veloz,
Belo como albatroz.

Eivado de natureza,
Com farta inteireza,
Feito contemplativo,
Via tudo superlativo.

Bondade do entorno,
De um belo contorno,
Movia nas esperanças,
Renovadas andanças.

Nas asas da alvorada,
O canto da passarada,
Alargava a motivação,
Para elevar o coração.




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